01/02 (Mankara Tori): A Senhorita Aeromoça
- webquadrinhosdefu
- 10 de dez. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 12 de mar.

CAP 02 | A Senhorita Aeromoça
Após levar um susto com o ser colossal do lado de fora do avião, Mankara julga que aquilo é um risco em potencial e se prepara para lutar. Entretanto, o mago é acordado por uma aeromoça que lhe oferece uma bebida e, ao mesmo tempo, pergunta se ele gostaria de gelo ou não. Recobrando a consciência rapidamente, Mankara nota que a aeromoça usa um discreto par de brincos com a forma de cobras amarelas. Então, ele se lembra que lançou a mágica do sonar nos passageiros, mas não na equipe de bordo do avião. Olhando novamente o acessório nas orelhas da jovem, ele deduz que pressentiu a chegada da aeromoça segundos antes dela o tocar e isso pode ter interferido em uma das dimensões oníricas que ele estava.
"Eu devo estar ficando velho e perdendo o jeito."
Colocando a mão no rosto, ele pergunta se a aeromoça teria Whisky. Depois, o homem comenta que um café bem forte cairia bem também. Entretanto, como marca do mago, ele faz uma “gracinha”.
- Só não gostaria de gelo no café.
Após aquela piada sem graça, que até ele reconhece ser bem ruim, o mago confirmar que irá querer um Whisky 12 anos. A funcionária pega a bebida e coloca duas pedras de gelo. Servido o mago, ela aproveita para se explicar.
- Desculpe por acordar o Senhor, mas somos obrigadas, pela companhia, a perguntar para todos os passageiros se eles querem bebida. Minha amiga notou que o Senhor foi o único que não consumiu nada durante o voo inteiro.
Quando Mankara ia pegar a bebida, ele lembra o motivo de ter feito que nenhuma aeromoça oferecesse qualquer coisa para ele comer ou beber.
- Opa! Desculpa!
Procurando o nome da aeromoça no uniforme, ele continua.
- Me desculpe senhorita T. Nurdes. Eu não posso beber nada alcoólico. Ao sair daqui, vou direto para uma reunião. Acho que o leve cochilo me fez esquecer disso por um momento.
Ele fala essa desculpa, pois tem por protocolo não comer nada fora quando está sozinho. Para a surpresa dele, a funcionária lamenta.
- Que penha! O Sr. não sabe, mas o Whisky do avião é um dos melhores. Realmente, está perdendo a chance de apreciar algo muito saboroso e marcante.
Enquanto a aeromoça guarda a garrafa e o copo cheio, Mankara reflete sobre o comentário da jovem. Ele acha, por um segundo, que talvez a moça está dando em cima dele. Olhando pra cima, Mankara reflete.
"Não! Não é isso! Num voo e do nada? Mankara, toma jeito! Ela só foi gentil."
Então, a aeromoça entrega um cartão para o Mago. Nele há um endereço e número de telefone.
- Aqui! Se após sua reunião, o senhor quiser beber um Whisky sem igual, tão bom como o que servimos, tenho certeza de que o bar desse endereço não irá decepcionar suas expectativas.
Mankara fica encantado com a cordialidade do serviço de bordo.
- Nossa! Muito obrigado senhorita Nurdes. Tenho certeza de que irei gostar.
Ele guarda o cartão no bolso. Quando a aeromoça está saindo com o carrinho de bebidas, ela, inesperadamente, se inclina e sussurra algo no ouvido de Mankara.
- O segundo número é o meu, caso o senhor ... Dr. Mankara ... deseje se perder em meio a neblina.
O mago desperta com outra aeromoça perguntando se ele irá querer algo para beber. Ele está zonzo e um pouco confuso. Mankara nunca teve dificuldades para diferenciar o real do irreal. Durante a sangrenta e dolorosa guerra astral, o mago nunca experimentou uma sensação de confusão similar à desorientação perceptiva que está sentindo. Apesar da situação, normal e cordialmente, ele agradece a nova aeromoça e balança a cabeça em negativa. Em seguida, tira do bolso o cartão que a senhorita Nurdes havia entregue. Enquanto olha os dois números de telefones anotados, ele pensa.
"Espero que, pelo menos, o bar exista de verdade. Só um bom Whisky vai livra sua pele de cobra por esse truque ... Senhorita."
Na Inglaterra, no pátio externo de um magnífico castelo, carros de luxo chegam sem parar. Guardar fardados ajudam os convidados a saírem dos veículos. Perto do local, um menino de 17 anos, com cabelos negros e pele morena, corre desesperadamente pela floresta. Ele escuta uivos de coiote, mas parece não se importar com o perigo que ronda a vida dele. Aflito, ele se joga em uma descida íngreme e rola sem parar. Enquanto tenta proteger o rosto, ele sente uma das pernas se quebrar ao bater numa pedra. O rapaz tem vontade de gritar, mas só pensa em rastejar até conseguir chegar numa parte plana. Quando ele finalmente para, o jovem percebe que aquela descida desenfreada foi interrompida pelo pé de uma empregada com máscara de raposa. Então, ele esbraveja.
- Vocês não po ...
Antes que o rapaz terminasse de falar, a jovem decapita o fugitivo com um único golpe de espada. Um corte rápido e limpo, que faz poucas gotas de sangue voarem pelo céu, as quais brilham de forma serene e tranquila com a luz do luar.
- Pronto ... Agora, você não tem mais com o que se preocupar.
____________________________________________________________
Olá! Se você está curtindo essa história,
gostaria de ajudar o site com uma pequena doação?
Basta enviar qualquer valor - via pix - para lightnoveluniverso@gmail.com !
____________________________________________________________


Comentários