01/04 (Sunji Nakamura): Chegando Na Fazenda

CAP 04 | Chegando Na Fazenda

Na casa onde Sunji irá morar, uma linda mulher de camiseta branca e calça jeans olha por cima de uma cerca. Ela tem os cabelos roxos e conversa com o filho da Dra. Nur.

- Drurur ... Eu fiquei muito tempo distante, apesar de todos terem dito que eu estava conseguindo trabalhar o mínimo possível. Eu nem sei como consegui voltar, mas tenho de compensar o esforço de todos. Estamos enfrentando uma grande ameaça e não quero que Heitor, Akemi e DJ corram riscos. Chega de mortes. Além disso, não quero que Multi-9 tenha de resolver tudo sozinho junto com os outros. Quem sabe, o que não podemos ajudar essa jovem a desenvolver. Biomoléculas raras capazes de curar feridas, aumentar habilidades de luta ou dar poderes extraordinários, como controlar materiais.

- Ainda assim, eu achava que você deveria ter ido junto com a Akemi para o planeta dos morcegões. Melhor ainda ... Poderia ter dado um tempo dando aula lá nas faculdades Son-On. Sabia que ensinar aos mais jovens também é um trabalho muito importante! Eu já tô vendo que você vai focar só em trabalho por aqui.

- Quando eu não estiver trabalhando, vou me esforçar pra fazer o que a Kirsis me pediu. É o mínimo que posso fazer por ela. Porém, vamos parar de conversa e conferir se não está faltando alguma coisa no quarto que a Sunji vai ficar. Além disso, Drurur! Você lembra, não?

Drurur é o filho mais novo da Dra. Nur. Ele é um jovem simpático, magro, repleto de sarnas no rosto e tem 13 anos. Apesar da pouca idade, ele é muito responsável e considerado superdotado dentro da espécie dele.

- Lembro! Lembro! Nada de ficar lendo a mente da Sunji. Minha mãe me fez prometer isso umas mil vezes. Ela disse que se souber que quebrei a promessa, vai me enviar na primeira nave, com passagem só de ida, para Nêmeses.

Enquanto os dois entram na casa para conferir o quarto onde a pesquisadora Sunji irá ficar, o filho da Dra. Nur pensa sobre tudo que Amaya sofreu no passado. Para ele, é algo incrível que ela tenha conseguido recuperar o brilhantismo. Afinal, nemesianos não focam atenções em beleza ou status, mas em capacidade e inteligência. De repente, enquanto o jovem está perdido em reflexões, ele escuta um chamado.

- Vamos Drurur! Você vai ficar pra trás! Quem chegar por último vai lavar a louça do jantar.

- Ah! Que isso Amaya! Começa não! O mais lógico é cada um lavar a sua! Você e essas ideias do seu lado humano.

Perto da fazendo onde Sunji irá ficar, um caminhão se aproxima. O veículo é pilotado por Calidur, outro funcionário leal à Dra. Nur. Ele leva microscópios e computadores, além de sequenciadores e dispositivos avançado para impressão orgânica.

“Após toda aquela confusão, as coisas parecem mais calmas. Entretanto, acho que essa paz é temporária. A Dra. Nur achou essa menina no momento certo. Pensando melhor, essa jovem surgiu bem na hora que precisamos de uma ajuda extra. Daqui, desse planeta, o máximo que podemos fazer é tentar prever quando virá um novo ataque e evitar com antecedência. Foi sorte termos saído com poucas baixas, apesar do significado que elas tiveram para a base. No final, foi como o DJ disse. Chore por um dia, mas continue a lutar no próximo.

Após algumas horas, todos chegam ao mesmo tempo. Calidur e Faodur buzinam um para o outro, mas isso, nem de longe, incomoda Sunji. A jovem, que já tinha acordado várias vezes no trajeto, estava ansiosa para conhecer o filho da Dra. Nur. De dentro do carro, ela avista um menino de 13 anos vestindo um terno roxo na porta de entrada da casa. Então, ela reflete.

“Ele é responsável e sério demais para o tamanho dele. Além disso, está vindo me receber como se eu fosse alguém importante. Será que eu vou conseguir demonstrar um bom trabalho? Será que vou estar no nível deles? Será que aquele garoto não me bota no chinelo? Será que no final, eu não só dei sorte?”

Ela olha para Faodur, esperando que ele fosse fazer algum comentário, mas o homem não diz nada. Então, ela questiona.

- Está tudo bem Faodur? Eu estava aqui pensando, mas você nem comentou nada.

- Ah! Perdoe-me, senhorita Sunji! A Dra. Nur solicitou que, aqui na fazenda, todos nós, nemesianos, não usássemos nossas habilidades de leitura de mente na senhorita. Ela acredita que é muito melhor trabalhar sendo livre do que vigiado 24 horas por dia.

- A Dra. Nur é incrível. Eu nem tinha pensando nisso. Ela comentou que eu poderia usar uns chapéus de agricultura ... Daqueles beeeem grandes! Eu estava pensando que seria eu quem teria de tomar cuidado e proteger meu cérebro, mas ela fez esse pedido para vocês. Eu só tô na dívida com ela.

- Não pense em dívidas. A Dra. é assim. Ela gosta de fazer o melhor dela. Para nossa sorte, o melhor dela é, simplesmente, algo que beira a perfeição, apesar dela mesma não se achar perfeita. Só se esforce para fazer o seu máximo e o seu melhor. Eu tenho certeza de que sua ajuda será muito importante para todo esse planeta num futuro bem próximo.

- Assim eu espero! Eu estou torcendo pra isso, Faodur.

Após descer do carro, finalmente, chega o momento de Sunji conhecer Drurur, Amaya, Calidur e a nova casa!

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