01/06 (Mankara Tori): Tiro No Peito
- webquadrinhosdefu
- 10 de dez. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 12 de mar.

CAP 06 | Tiro No Peito
Enquanto Caos Menor segue pelos corredores, a maga observa a carta discretamente. Passos calmos e firmes, a jovem espera que o item fique vermelho e indique logo a presença do explosivo. À medida que avança, ela pensa sobre a menina que estava na dimensão onírica que Mankara criou.
"Aquela mulher ... Ela não era maga, feiticeira ou bruxa. Eu não vi nenhum traço de magia nela, mas como ... Como que ela conseguiu entrar na dimensão feita por Mankara. Se eu não chego a tempo, sabe-se lá o que poderia ter acontecido. Foi eu chegar lá e ela sumiu. Além disso, o que era aquela cobra gigante do lado de fora. Aquilo ... Aquilo ... OPA! EI! É isso! Aquela cobra gigante do lado de fora. Agora eu já entendi!
A jovem dá um soco no ar e vibra de alegria.
- Só preciso ver aquele animal mais uma vez para confirmar minha suspeita. A magia estava vindo daquilo e não da cantora k-pop. O que significa que devo estar certa sobre aquela mulher!
Caos Menor está cada vez mais entusiasmada em solucionar o mistério. Ela está tão empolgada que, por um breve momento, acaba esquecendo do explosivo. Ela continua pensando e andando.
"Deve ser isso mesmo!"
Então, uma lembrança a traz de volta ao que ela está fazendo. Finalmente, andando no corredor da segunda classe, ela recorda que está rastreando uma bomba. Caos Menor olha para o item deixado por Mankara e depois para trás. Ela observa o quanto já andou no avião e nenhum sinal de vermelho no objeto mágico. Então, a jovem sussurra com ela mesma.
- É estranho, pois essa carta deveria ir ficando cada vez mais vermelha à medida que me aproximo do perigo. Entretanto, ela não mudou de tom ... Nem um pouquinho.
Caos Menor, lentamente se vira na direção contrária pela qual seguia. Ela dá um passo. Depois outro ... Logo após, mais outro ... Então, a jovem começa a correr. Ela avança em desespero ... Esbarrando nas comissárias de voo e derrubando alguns passageiros que se levantam, Caos Menor corre até chegar a porta da cabine do avião e começa a bater sem parar.
- Mankara! Mankara! MANKARA! Sai daí! SAI! ESTÁ AÍ! TÁ AÍ! Mankara sai daí agora!
Enquanto grita cada vez mais alto, Caos Menor bate com toda força na porta. Os passageiros olham e não entendem o motivo de desespero da mulher. Do lado de dentro, Mankara escuta os gritos de Caos Menor. Quando ele vira levemente o rosto em direção ao chamado da maga, ele sente um líquido quente respingando na orelha. Uma sensação que é acompanhada por um som de disparo de arma de fogo. Então, a copiloto cai na cadeira após levar um tiro no peito a queima roupa e o pescoço de Mankara está sujo de sangue. Indiferente a situação dos dois e com um sorriso vazio, o piloto segura uma arma com silenciador. Frio e distante, o homem coloca uma máscara de respiração usando o braço livre. Em seguida, ele atira no vidro da aeronave, a qual se quebra em mil pedaços. Isso faz com que uma enorme descompressão surja no interior da cabine e tudo ali dentro comece a ser puxado para fora, em direção ao imenso vazio do céu noturno.
Mankara se segura na porta e consegue, com as pernas, agarrar o corpo da copiloto. Em meio ao caos, o piloto é puxado para fora. Já distante e parecendo que iria cair em queda livre, o homem abre um paraquedas para escapar da morte certa. Dentro da cabine dos pilotos, Mankara redobra a força em um dos braços e com a outra mão aplica uma magia de reversão de tempo nos cacos de vidro que estão no chão. Com isso, os fragmentos voltam a posição de antes do para-brisa da aeronave quebrar. O vidro é quase refeito, pois há algumas partes incompletas que apresentam diversas frestas. Então, o mago puxa do bolso uma carta e consegue reparar as partes faltantes. Quando a estrutura é completamente restaurada, a pressão, que puxava Mankara e a copiloto, cessa e os dois caem no chão. Rapidamente, o mago vai até a jovem e procura estancar o sangue no peito. Nisso, ele começa a chutar a porta e gritar comandos mágicos para que ela se abra.
"ABRE! ABRE LOGO!"
Caos menor consegue destrancar a entrada, mas fica parada. A aeromoça, que estava junto da maga, coloca a mão na boca e entra em choque.
- CAOS! ANDA LOGO! VEM CÁ!
Mankara grita, mas a maga está estática. Somente após alguns segundos ... Devagar ... Passo por passo ... Caos Menor se aproxima. Ao chegar perto de Mankara e do corpo da copiloto, a maga dá um chute bem fraco no braço da mulher. Depois outro.
- CAOS! Você enlouqueceu? Me ajuda a curar essa mulher. ANDA!
Receosamente, ela se abaixa. Então, a copiloto abre os olhos e puxa o ar com dificuldade. Fatalmente ferida, a mulher segura no braço de Caos Menor. Com os olhos estatelados e lacrimejando, ela implora pela vida. Ainda que sussurrando, ela pede para que a maga não a deixe morrer. Então, Caos Menor coloca a mão em cima da de Mankara e recita uma magia de cura junto com o mago.
Enquanto a magia fecha o ferimento e restaura os órgãos internos da copiloto, uma névoa branca começa a surgir dentro do avião. A substância estranha, lentamente, espalha-se pelo chão.
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