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01/07 (Mankara Tori): Névoa Na Cabine

Atualizado: 12 de mar.

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CAP 07 | Névoa Na Cabine



Após fecharem o ferimento da copiloto, a qual desmaia pela perda de sangue e carga emocional, Mankara se afasta um pouco. Ao ver que o mago tinha se distanciado do corpo da jovem desacordada, Caos Menor se levanta. O homem pede para que alguma das comissárias de bordo pegue um balde com água para ajudá-lo a limpar o chão da cabine sujo de sangue. Enquanto uma aeromoça vai rapidamente fazer o que Mankara pediu, as outras tentam acalmar a tripulação.


Caos menor, ainda em pé, encosta na parede e vai lentamente escorregando as costas. Ela se agacha e olha para a copiloto. Em seguida, a maga observa o vidro remendado com uma magia feita às pressas por Mankara. Sem dizer nada, ela estala os dedos e o vidro começa a se refazer, porém com algumas formas de flores e pássaros em alto relevo fosco. Mankara olha na direção do para-brisa, pronto para elogiar Caos Menor, mas abaixa e balança cabeça em negativa quando percebe os desenhos. Então, ele conclui que, talvez, fosse melhor deixar do jeito que estava. Tirando o terno para limpar o rosto sujo de sangue, Mankara vê que Caos Menor vai fazer uma magia para limpar as roupas dele. Na hora, Mankara fala.


- Não! NÃO ... Não Caos Menor! Eu ... Eu ... Eu estou bem com essas roupas! Foi só o terno que ficou sujo. Depois, quando eu pegar a mala, eu troco por outro. Não precisa trocar minha roupa não. Estou bem assim!


Vendo a preocupação no rosto do mago, ela retrocede a mão e olha pra baixo. Em seguida, a maga pega a carta do bolso.


- Toma! A “Carta Do Perigo”. Eu achei estranho que não tava ficando vermelha. Foi só eu vir na sua direção, que isso ficou mais rubro que a lava de um vulcão.


O mago olha pra cima, suspira e fala.


- Eu não sei o que houve Caos Menor. No momento que você começou a bater na porta, eu virei o rosto na direção do som da sua voz. Quando percebi, a copiloto já tinha levado o tiro. Acho que a história da bomba pode ser uma mentira.


Caos Menor, como quem estivesse desenhando no chão com o dedo, comenta.


- Eu vi o que houve. Quando entrei aqui, eu vi pelo tempo passado. Mankara, o desgraçado ia atirar em você, mas a copiloto entrou na frente. Em seguida, o piloto atirou no vidro. Essa porcaria não tem a blindagem que usam habitualmente. Esse avião foi modificado e o vidro é feito para se espatifar com um simples tiro. Eu não sei, mas será que não tem alguém aqui que de fato seja perito em bombas? Uma pessoa esperta e poderosa que esses caras queriam matar. Alguém que, pra tirar do mapa, só fazendo algo mirabolante do tipo.


Mankara reflete.


- Alguém de nível tão alto que eles precisariam criar toda uma armação para pegar a pessoa de surpresa em milésimos de segundos. Caos, eu nunca vi nada assim. Você lembra de como era durante as guerras astrais. Atentados, emboscadas ou lutas mortais. Não precisava de um teatro todo como esse. Uma vez que o alvo fosse definido, a tarefa era liquidar ou liquidar.


Ao terminar de falar essas palavras, Mankara percebe uma névoa pelo chão da cabine. Rapidamente, ele nota que a estranha substância entra, lentamente, por debaixo da porta. O mago, então, sussurra para Caos.


- Acho que ainda não terminou.


Mankara e Caos Menor se levantam. Após o homem pegar a copiloto no colo, a maga abre a porta da cabine. Ao passarem por uma faixa desenhada no chão, que faz a separação da sala dos pilotos com o corredor do avião, os três saem nas galerias subterrâneas de um metrô abandonado. O local, completamente inesperado, é fracamente iluminado por algumas lâmpadas vermelhas de emergência, as quais parecem antigas e sem muita potência.


O mago observa o lugar e reflete se há eletricidade nos trilhos. Ele e Caos Menor olham em volta e só percebem a escuridão ao longe. De repente, do lado de Mankara, ocorre o som do ricocheteio de um tiro.


- CORRE CAOS! Para aquele vagão parado ali! Corre! Aquilo era “Neblina de Fuga Branca”!


Enquanto ocorrem novos sons de tiros, Caos e Mankara seguem, em meio ao breu e a escuridão, para o local apontado pelo mago. Ao longe, o som de uma forte explosão acontece.


- Mankara, você escutou isso? Parece que ocorreu há uns cinco mil metros de altura. Acho que foi o avião.


Mankara, dentro do vagão com Caos Menor e Tila Nurdes, olha para todos os lados. Ele levanta e abaixa a cabeça rapidamente por uma janela. Então, tentando escutar novos tiros, responde a maga.


- O avião deve ter explodido. Só que ... Caos Menor ... Magia de “Neblina de Fuga Branca”. Quem tem conhecimento para usar essa técnica ancestral?


Ao terminar de fazer a pergunta, novos sons de tiros ocorrem de modo sequencial e o padrão dos disparos sugere que o atirador, dessa vez, está usando uma metralhadora. Nisso, as balas destroem as lâmpadas que proporcionavam uma fraca iluminação. Nesse momento, sem que ninguém pudesse notar, por causa da escuridão, uma máscara de porcelana cai ao lado do homem que atira nas sombras.



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