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01/04 (Mankara Tori): Bomba Implantada

Atualizado: 12 de mar.

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CAP 04 | Bomba Implantada



Mankara guarda o guia turístico da cidade e o cartão que a senhorita Nurdes tinha dado para ele. Além disso, ele desintegra as duas metades da carta em branco que rasgou no meio por conta de Caos Menor. Vendo que não irá conseguir dormir, Mankara resolve reler os principais tópicos que não poderá esquecer durante a reunião, os quais estão anotados numa pequena caderneta. Após revisar, o mago decide se levantar e ir até o banheiro, mas a sensação de perigo anterior retorna. Como Mankara já teve contato com uma aeromoça misteriosa, ele julga que os sentidos dele não estão em alerta à toa.


Andando calmo e atento, ele avista uma outra aeromoça. A jovem é um pouco parecida com a senhorita Nurdes, mas não a mesma. A mulher está com uma expressão muito tensa e suando. Mankara resolve se aproximar para perguntar se está tudo bem e ler a mente da jovem.


- Boa noite! Posso ajudar em alguma coisa?


Após fazer a pergunta, o mago sente que agindo como se trabalhasse no avião. Entretanto, antes que pudesse refletir sobre qualquer outra coisa, a aeromoça o segura pelo braço e, pedindo mil desculpas, diz que eles não preparam os funcionários para aquilo. Vendo a moça em desiquilíbrio, Mankara abraça a mulher.


- Calma! Calma! O que aconteceu? Pode contar para mim ... Isso será um segredo.


Enquanto ele fala, Mankara aplica, com o deslizar dos dedos, uma magia na nuca da jovem. Ele faz o movimento de forma discreta. Após o mago dizer a palavra “segredo”, a técnica começa a fazer efeito.


- Ligaram da torre de controle para o piloto e avisaram que há uma bomba instalada no avião. Por conta disso, a aeronave não tem autorização para pousar no momento. Quando estivermos sobrevoando o aeroporto, o piloto terá de ganhar tempo e fazer trajetos circulares em volta da região. O autor da bomba exige a entrega de um código. Isso é tudo o que eu sei.


Mankara dá dois tapinhas no ombro da jovem.


- Vai ficar tudo bem! Tudo vai se resolver.


Enquanto olha para cima, ele pensa que seria bom se aquilo tudo fosse um outro sonho.


"Que dia! Vou chegar um caco para a reunião."


Ele olha o nome escrito no uniforme da aeromoça.


- Senhorita Dias, eu tenho certeza de que, em terra, existe uma equipe treinada para lidar com esse tipo de situação. Por hora, procure manter a tranquilidade para não alarmar os demais passageiros. Por sorte, eu trabalho com desarmamento de explosivos e, talvez, possa ajudar a localizar a bomba no avião. Não se preocupe, pois irá ficar tudo bem.


Mankara confortava a jovem, enquanto pensa na cara de pau que ele tem por contar uma mentira tão deslavada como aquela. Ele até consegue desarmar a bomba, mas com magia e não por ser um técnico em explosivos. Ao perceber que a jovem está mais calma, o mago pede para ir falar com o comandante. Sem saber o que fazer direito e ainda sobre o efeito dos poderes mágicos de Mankara, a aeromoça leva o homem até a cabine do piloto. No caminho, ele sente uma mão tocando no ombro dele. Então, uma voz feminina sussurra no ouvido do mago.


- Quer ajuda para achar a bomba? Já corrigi as provas. Eu tinha esquecido! Desculpa! Ah! Mankara! Essa aeromoça, aí na sua frente, tá completamente dopada. Vamos achar logo isso! Se você perder a reunião, o diretor tira o seu couro fora.


Após escutar aquelas palavras, Mankara se vira. Sorrindo e tendo aparecido do nada novamente, Caos Menor está diante dele. O mago, discretamente, fala perto da jovem.


- Vou precisar de ajuda Caos Menor. Obrigado!


No Instituto Aisker, o Dr. Aisker está parado diante de uma imensa janela. Em um dos andares mais altos do prédio onde fica o escritório central da empresa, aquele homem aguarda por algo. Apesar de manter a pose e elegância, ele olha constantemente para um relógio de bolso feito de ouro. A vista diante do homem é linda e magnífica, mas os olhos dele estão vazios e mortos. Um secretário entra na sala.


- Ela já está chegando Dr. Aisker. Temos confirmação visual da presença dela. Acredito que em 2 horas, um dos nossos homens fará contato direto com ela.


Apesar das informações recebidas, o Dr. Aisker responde fria e melancolicamente.


- A noite de Londres está mais bela que o de costume hoje. Não acha? A quanto tempo, não temos a oportunidade de sentir essa serenidade e paz? Até as nuvens cederam as posições delas para que o brilho da Lua tocasse o chão de forma suave e singela. Eu fico contente de podermos entrar em contato com ela. Acredito que merecemos esse momento.


O secretário, se aproximando do Dr. Aisker e ficando mais perto da luz que ilumina a sala, revela um semblante cansado e abatido.


- Certamente Senhor! Algo mais?


- Não ... Por hora, quero somente contemplar essa paisagem. Assim que ela chegar, me avise novamente.



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