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01/03 (Lua Volie): Provas De Crime

Atualizado: 14 de mar.

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CAP 03 | Provas De Crime



No dia seguinte, após o café, a vida dos irmãos segue a rotina de sempre. No coração de Gârdhera, em meio as ruas movimentadas, encontra-se o laboratório onde Dimi e sua equipe se dedicam a desvendar mistérios genéticos. As paredes são revestidas de telas luminosas que exibem sequências de DNA e gráficos complexos. Elas criam um cenário que combina a alta tecnologia com a sensação de uma biblioteca de conhecimento genético. Nina, a colega de trabalho de Dimi, chega chateada. Ela é uma jovem de 22 anos, de pele morena e que usa duas longas tranças negras. Além disso, ela tem uma pinta na testa e seus traços físicos são similares aos dos povos indígenas nativos da América do Norte. Ela usa um colar de corda, onde está pendurado um losango feito de couro, e as vestimentas dela parecem um tipo de túnica feita de seda com detalhes em linho. Como se carregasse todo o peso do mundo nas costas, Nina desaba numa cadeira ao lado de Dimi.


- Estou, faz mais de um ano, tentando achar algum vestígio de DNA das vítimas, que ajude a identificar um culpado, mas a pessoa, seja lá quem for, consegue tirar todas as evidências dos locais.


- Nós iremos conseguir, Nina! Eu estive pensando. Será que não temos focado errado ao longo desses meses.


Então, Nina completa.


- Você está pensando que as vítimas dele não devem ser aleatórias, como estamos considerando."


Enquanto espera um software terminar de processar algo, Dimi olha vários arquivos com genotipagens. Extremamente concentrado, ele não deixa de responde a colega.


- Nenhuma inteligência artificial encontrou algum padrão relevante nas vítimas. Elas não tinham nada em comum, só aquele erro que ficamos discutindo durante dias.


Após escutar as palavras do rapaz, Nina se inclina para mais perto de Dimi.


- Eu me lembro! As tais sequênciais de 20 nucleotídeos que sempre davam erro de leitura! O fabricante do kit disse que algum reagente poderia estar com problema. No final, até o Chen ponderou que talvez fosse isso mesmo.


Dimi se levanta e segue até uma máquina, parecida com uma impressora, que está acoplada com dois notebooks. Então, jovem sorri.


- Ainda bem que você está sentada, pois terminei aqui.


Nina, completamente curiosa, quer saber, com urgência, o que está deixando Dimi tão empolgado.


- Terminou o que? Fala o que você aprontou! Encontrou algo novo? CONTA!


- Terminei de analisar a sequência misteriosa das 20 bases nitrogenadas de DNA, que nossos kits não identificavam, nas amostras das 75 vítimas do destroçador do cais ...


Com um sorriso de felicidade, então, Dimi revela.


- Nessas 20, existem 5 bases surrealmente estranhas. Elas são sintéticas ... Quero dizer, produzidas artificialmente.


Nina move-se, arrastando a cadeira onde estava sentada, até os computadores onde Dimi está.


- Você quer dizer que ... Alguém criou bases nitrogenadas que não existem na natureza ...


Antes que a cientista pudesse terminar de falar, Dimi completa a frase da jovem.


- Criou e colocou nessas pessoas. Em todas as vítimas, ele inseriu o trecho numa mesma sequência de DNA, que está relacionada a uma proteína envolvida no controle de diferenciação da retina.


Enquanto pensa sobre o que isso poderia significar, Dimi fica alguns segundos em silêncio. Por sua vez, Nina olha, atenta, os dados na frente do computador. Finalmente, o jovem continua falar e faz algumas especulações sobre aqueles resultados.


- É estranho que, vendo agora com mais calma, as 5 sintéticas foram encaixadas em alturas diferentes da sequência de DNA em questão. Talvez, para cada uma das vítimas, os outros genes próximos é que determinem onde o “código intruso” será colocado.


De repente, sem que os dois esperassem, o biogeneticista Chen Xiang aparece de trás deles após ter escutado toda a conversa.


- Esse talvez fosse o ponto em comum ... Todas as vítimas tinham um ambiente de expressão gênica favorável para a inserção das bases.

   

Nina olha com raiva para Dimi.


- Linda hipótese! Talvez, sejam poucas pessoas que tenham esse ambiente de expressão gênica favorável, mas Dimi ... Por que você tinha que destruir parte das amostras no analisador de estruturas molecular quântico?


Dimi, sem jeito por ter destruído provas de crimes, responde alternando o olhar entre os dois colegas de trabalho.


- He! He! Nina ... Então ... Eu tinha um palpite que havia algo estranho. Pelo menos, agora, sabemos do que se trata!



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