01/06 (Lua Volie): Noite Escura
- webquadrinhosdefu
- 25 de fev.
- 4 min de leitura
Atualizado: 14 de mar.

CAP 06 | Noite Escura
Os becos de Gârdhera são um mundo à parte. Eles ficam distante das brilhantes torres de néon que dominam o horizonte. À medida que o Sol se põe, a cidade se transformava em um labirinto escuro, onde segredos são trocados e transações obscuras acontecem nas sombras. Dentro de um carro de polícia, Lua Volie olha pelo vidro do carro.
- Esses ambientes ficam cada vez piores. E ... Onde está meu parceiro? Cadê ele? Doente de novo ... Segunda vez no mês ... Eu mereço.
A policial continua a examinar as anotações que tem no bloco de notas que ela usa. Lua está determinada a desvendar uma teia de comércio tecnológico ilegal, que se espalha pela cidade. Acessando um tablet, ela checa registros e conexões suspeitas no banco de dados da polícia. Então, um rosto conhecido bate na janela do carro. O homem usa um grande par de óculos vermelhos, jaqueta negra de couro sintético e possui diversas tatuagens no pescoço. O cabelo é raspado na lateral e o restante penteado para trás. Sorrindo na direção da policial, Jax, o contato de Lua, implica com a jovem.
- Você vai dizer, como sempre, que viu eu me aproximar, Lua? Você não estava distraída em anotações e pesquisas ... Estava?
- Jax ... Eu nunca estou distraída. Eu vi quando você dobrou a esquina e passou por de trás da banca de jornal.
Lua e Jax se encontram em um beco deserto, um dos vários que existem na cidade de Gârdhera, onde só os piores criminosos e os mais audaciosos policiais possuem coragem para irem ao cair da noite. Então, Jax, olhando para todos os lados, retruca a fala de Lua.
- Não tem jeito. Se você não está sempre atenta, chuta muito bem.
- Jax, agora sem brincadeiras. Você trouxe o que combinamos?
- Um nome por apenas 500 grakes. Eu deveria cobrar mais, mas você irá gostar dessa informação. O sujeito se chama Darkan. Ele mora num prédio abandonado perto do cais 9, no porto norte. Hoje de noite, ele irá receber nove maletas com tecnologia contrabandeada.
Lua então fecha o tablet e pega o dinheiro. Após dar a quantia para Jax, ela sorri.
- Você é um amor! Meu informante preferido!
Então, ela parte a toda velocidade para o prédio abandonado. Após ver Lua se distanciando, Jax reflete com ele mesmo.
“Eu fiz correto?”
Longe de Jax, enquanto dirige, Lua pede reforços para o batalhão de polícia. Ela informa o destino para o qual segue. Na central, uma jovem cadete avisa aos policiais de plantão.
- Urgente! Todos em turno! A policial Lua acaba de mandar mensagem. Parece que no prédio da Rua Kordere, sem número, tem um receptador de tecnologia ilegal. Ela já está a caminho.
No carro, Lua pensa se seria melhor esperar os reforços chegarem antes dela entrar no prédio. Então, a jovem lembra que, numa missão passada, um dos suspeitos conseguiu fugir, pois um dos policiais acabou esbarrando numa barra de ferro e o barulho denunciou a posição da equipe.
- Será arriscado, mas acho que, se eu for na frente e pegar o suspeito de surpresa, corro menos riscos do alvo fugir. Jax não falou um número de apartamento ... Como o prédio é abandonado, ele deve alternar entre as habitações. Pelo menos, seria algo que eu faria, se eu fosse ele.”
- Então, Lua, analisado a situação, chega a uma conclusão.
- Ele deve ter câmeras no local. Vou cortar a energia e entrar sorrateira. Espero que ele não tenha um gerador, pois, se o cara tiver, vou ficar por conta do reforço me salvar depois.
No prédio abandonado, Darkan está esperando a mensagem de um contraventor que irá entregar para ele as nove maletas de tecnologia contrabandeada. Sozinho, em um dos apartamentos, o homem sussurra com ele mesmo.
- Basta eu levar mais essa remessa até a capital de Sápotas e estarei, finalmente, livre desse submundo ilegal. Com a quantidade de dinheiro que arrecadei, tenho mais que o suficiente para o que eu quero.
Então, ele olha em volta. O apartamento está vazio e abandonado. Um esqueleto de uma construção não terminada estaria em melhor estado.
- Durante esses meses, até viver nesse local, para economizar o máximo possível, eu me propus. Eu não entendo o motivo de tantas pessoas de Sápotas estarem interessadas nessas ligas moleculares que estão sendo desenvolvidas aqui em Gârdhera. Eu não sei como eles misturam titânio com biotecnologia, nem as aplicações que isso pode ter, mas sei que você, Nina, saberia achar uma explicação.
Então, Darkan lembra de um rosto que ele não vê há muito tempo. Num rápido flashback, ele se recorda das falas de uma jovem mulher morena e de longas tranças negras.
Voltando ao passado ...
- Você precisa arrumar um emprego decente Darkan. Você passa horas se matando de trabalhar naquela assistência técnica e ninguém te respeita lá. Posso conseguir algo no laboratório que estou começando a estagiar. Lá é pesado, mas eles reconhecem quem tem valor ...
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