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01/07 (Agari Nokori): Recapitulando Buscas

Atualizado: 9 de jun.

Light Novel Agari Nokori


CAP 07 | Recapitulando Buscas



Agari sabe que o que disser será escutado por todos os ouvidos curiosos do local. Mantendo a serenidade ele completa.


- Eu acho que foi o calor Mife. Não estou chateado com você. Só preciso de uns segundos e já estarei melhor.


Apesar de agir como se não conhecesse Mife e se sentar em outra mesa, Agari reforça que está tudo bem e ele já está se recuperando. Nisso, o humanoide leva mais alguns segundos para entender que não está mais aonde seja lá que ele estivesse.


"Acho que tô de volta. Só não sei de onde eu vim dessa vez."


Um robô com forma de mamute leva, numa bandeja de prata, biscoitos de chocolate com gotas de doce de leite e chá de morango até a dupla. Junto ao lanche, há um potinho com creme de morango. O pedido é colocado sobre a mesa e a dupla agradece cordialmente pelo serviço. Então, Agari passa um pouco de creme de morango nos biscoitos e coloca o alimento em um pequeno compartimento que se abre no antebraço dele.


- Desculpa Mife ...


O humanoide fala o nome da jovem, tão naturalmente, que ele percebe estar começando a recobrar as lembranças do que já viveu ali. Como de costume, é como se o viajante estivesse acordando de um sonho.


- Desculpa, eu estava pensando em algo e acabei me distraindo. Você se lembrou de alguma coisa ao andarmos aqui pela cidade? Do nome de alguém ou de algum evento do seu passado.


Lentamente, enquanto olha pra cima, Mife pega um dos mesmos biscoitos que Agari consumiu. Focada no ventilador de teto, ainda tentando forçar lembranças, ela roda o alimento na mesa. Então, ela responde.


- De nadinha! Acho que foi tudo em vão.


Finalmente, o humanoide recorda que nenhum lugar parecia familiar para Mife, apesar deles terem andado por horas e horas - visitando escolas, ruas, museus, pátios públicos e shoppings. Nem no hospital que eles foram, para ver se havia algum registro de uma menina desmemoriada, ela não teve recordações. Inesperadamente, quando ele se lembrou desse último local, quase como se tivesse lido os pensamentos do viajante, Mife pergunta se ele ainda está com o broche que a enfermeira havia dado para eles. Agari, que estava indo abrir a mochila, faz uma pausa no movimento. Após alguns segundos, ele responde.


- Tá na mochila. Tô com o broche aqui ... Eu lembro que guardei ele logo após ela dizer que aquilo foi encontrado num corpo que desapareceu. Como nenhum policial se interessou em investigar e ela não queria ficar com o objeto, a enfermeira acabou deixando o broche com a gente. Só que ... Não acho que você seja o corpo que desapareceu Mife, pois, afinal, você está viva aqui na minha frente.


Quando Agari abre a mochila, ele vê vários itens novos, incluindo os projetos dos carros voadores. Espantado, ele reflete.


“Aconteceu de novo. Será que eu lembrei de fazer o registro dessa vez? Será que ativei a agenda para ela ir anotando tudo que aconteceu?”


O viajante pega o broche e diz que, talvez, não tenha nada a ver com Mife, mas que pelo menos era um objeto muito bonito. Ele completa que, qualquer coisa, poderiam vender aquele item depois. Sem que pudesse dizer algo mais, Mife interrompe Agari.


- Vender? Numa joalheria? NÃO AGARI! Se você achar que ele está ocupando espaço aí, deixa ele comigo! Vai que ele seja meu de alguma forma. Às vezes, tem alguma informação aí dentro que a gente só não sabe como acessar ainda.


Após a explosão de surpresa, a jovem começa a comer um doce de morango caramelado e diz como tudo naquele lugar é incrível. Entretanto, após a argumentação de Mife, Agari pensa por alguns segundos. Então, ele pondera.


- Depois, com calma, eu vou analisar isso aqui pra ver se esse broche não é um item tecnológico disfarçado ... Não se preocupe Mife.


Agari pega, de dentro da mochila, uma bolinha que abre um mapa virtual da cidade.


- Em 10 dias, nós percorremos quase toda essa cidade.


Enquanto come mais, ainda com a boca cheia de doce, Mife pergunta qual o próximo lugar que eles irão. Olhando cuidadosamente para um roteiro, escrito no mapa, que havia planejado anteriormente, Agari lembra que, segunda a moça do hospital, existe uma cientista de outra cidade na região.


- Mife, vamos visitar a doutora que a enfermeira mencionou. Parece que ela trabalha com epigenética em sapos. Por causa dos dados que constam no passaporte que você carrega, pode ser que vocês sejam do mesmo país. Temos sorte dela estar por aqui. Como as nações se isolaram por causa das derivas geográficas, é muito difícil as pessoas se aventurarem para saírem dos domínios onde nasceram. Além disso, praticamente, inexiste quem ofereça serviços de transportes ao longo das regiões com as alterações dimensionais. Nosso próximo destino será a pesquisadora dos sapos.



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