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01/06 (Agari Nokori): Café Cyberpunk

Atualizado: 9 de jun.

Light Novel Agari Nokori


CAP 06 | Café Cyberpunk



Agari se prepara para sair da casa, pois imagina que o monstro peixe está se aproximando. Ao chegar perto da porta, o humanoide encontra um dispositivo que lembra um controle para ligar um ajudante holográfico de gerenciamento de tarefas domésticas. O viajante examina, com curiosidade, o pequeno aparelho que parece ter sido deixado para trás pelos antigos donos da casa. Entretanto, ele se questiona por qual motivo não viu aquilo quando entrou na mansão. Ao apertar o botão, um pequeno holograma, projetado a partir do dispositivo, surge. Um ajudante doméstico em forma de gato começa a falar com Agari.


- Olá! Eu sou o seu assistente pessoal holográfico. Posso auxiliá-lo com diferentes tipos de tarefas domésticas: limpeza, organização e preparação de alimentos. Posso, também, ajudá-lo a se comunicar com outras unidades e dispositivos em sua casa, bem como com seus contatos pessoais.


Apesar de anos terem se passado desde que a casa foi abandonada, Agari fica surpreso ao ver que o dispositivo ainda funciona. Ele começa a se perguntar o que mais poderia estar escondido dentro daquele lugar, mas lembra que não tem tempo para explorar mais a fundo. Rapidamente, o viajante pega o dispositivo e coloca em seu bolso, planejando examiná-lo cuidadosamente mais tarde.


- Bora gatinho ... Espero que você funcione fora desse ambiente e em outros mundos.


Então, pronto para continuar sua busca por mais informações sobre aquela cidade estranha e para se afastar mais ainda do monstro peixe mecânico, o humanoide azul se prepara, mais uma vez, para sair da casa. Quando finalmente ele está prestes a sair, Agari vê outro retrato da Mife Rubron. Dessa vez, a foto está sobre uma mesinha perto da porta.


- Ué? Tava aqui? Eu não vi isso quando entrei.


Agari decide pegar o retrato, mas após segurar o objeto, o viajante se vê segurando uma xícara. Sentindo uma forte dor de cabeça, ele está sentado num café e de frente para menina de cabelos verdes. Para o espanto dele, a jovem na outra mesa é a própria Mife Rubron. Agari tem lampejos na mente do mundo onde esteve, mas as coisas estão confusas. Pela primeira vez, resquícios de fragmentos de memória do mundo anterior estão tentando fazer conexões com as lembranças dele no mundo atual enquanto essas surgem. Apesar da dor que sente e da bagunça de informações e imagens que passa pelo visor do viajante, ele só consegue lembrar que tem de ver um tablet na mochila. Acostumado com aquele tipo de situação, como se nada estivesse acontecendo, ele preserva uma postura calma.


Agora, o humanoide está em uma cafeteria escondida em um beco, com uma atmosfera vintage e decoração típica dos anos 50. As mesas são de madeira escura, com bancos estofados em couro vermelho, e há um jukebox antiga no canto que toca músicas em vinil. O ambiente é iluminado por luzes de néon, que emitem uma luz suave e colorida. Os clientes que frequentam a cafeteria, são uma mistura de humanos e seres bípedes com implantes cibernéticos, como os rinocerontes que Agari havia visto antes, mas pareciam mesclar traços humanos com de vários animais. Os funcionários usam uniformes retrô, com toques futuristas, e luvas de couro que se conectam aos implantes corporais. Todos estão ocupados conversando ou trabalhando. Nas mesas, as pessoas consomem cafés fumegantes e os mais variados tipos de doces caramelados.


Na mesa à frente de onde Agari está sentado, a menina de cabelos verdes parece inquieta e incomodada com algo. Ela vai até a mesa do humanoide e se senta numa das cadeiras. Sem que ele pudesse dizer uma palavra, ela começa a falar.


- Porque você se sentou em outra mesa? Eu disse algo que o chateou? Anda! Fala logo!


Agari fica surpreso ao ouvir as palavras de Mife. Ele olha o café ... Olha a menina ... Olha o café novamente ... Olha para Mife em seguida .... Todos os olhares na cafeteria estão voltados para a dupla, pois Mife não é um tipo de pessoa discreta e mesmo sem querer ela sempre chama atenção com as ações dela. O viajante pensa que até sentiria um pouco de vergonha, se pudesse ter esse sentimento, por estar naquela situação. Devido a audição aguçada, ele começa a escutar os comentários das pessoas próximas. Nisso, um jovem comenta com outro rapaz.


- Que cara mais estranho. A armadura dele é maneira, mas esse aí deve ter algum problema. A garota de cabelo verde estava o tempo todo puxando assunto com ele, entretanto, do nada, o sujeito levantou para pegar um café e foi para outra mesa.


Curioso, o outro completa.


- Eu nunca vi alguém com tanta tecnologia acoplada. Será que ele não é uma máquina de última geração que tá dando problema? Se for isso, essa menina é um pouco tapadinha por achar que está falando com um ser vivo híbrido.

 

- Não cara! Meu escâner de retina monstra que tem matéria orgânica nele. Se esse aí fosse só mecânico, eu iria saber.


Numa outra mesa, onde estava um casal, uma mulher fala ao mesmo tempo que os jovens.


- Será que ele está tentando terminar o relacionamento? Não acredito que eles sejam um casal. Essa garotinha tem cara de ter uns 15 anos de idade. Será que ela é do tipo velhinha com cara de nova?


Mais distante, simultaneamente aos diálogos anteriores, um homem de terno comenta a cena enquanto mexe num computador holográfico.


- Essa guria deve ser uma mala. Ela não parava de falar. O cara deve ter tido um colapso mental. Se fosse comigo, eu já tinha dado no pé. Só pode ser filha dele.


Ainda confuso, o humanoide tenta contornar a situação.


- Então! Bom!



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1 comentário

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Te que enfim 👍. Achei que só seria o Agari na novel. Contiaundo a ler 💪!

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