01/08 (Agari Nokori): Hotel e Descanso
- webquadrinhosdefu
- 10 de dez. de 2024
- 5 min de leitura
Atualizado: 9 de jun.

CAP 08 | Hotel e Descanso
Após terminarem o lanche, Agari e Mife saem da cafeteria. Inesperadamente, um vendedor de jornal aborda a dupla e pergunta se eles não estão interessados nas manchetes do dia. Mife, tenta segurar uma risada, mas não consegue. Sem entender a reação da garota, o humanoide observa toda a cena. Quando ele vai dizer algo, a jovem puxar um pouco de ar, recompõe-se e toma a frente do viajante para falar primeiro.
- Ah! Muito obrigada! Não, Não. A gente não precisa do jornal não. Valeu!
Após os dois se afastarem um pouco, Mife olha para trás. Ela observa o vendedor de jornais, um pequeno garoto de boina e casaco, que continua a oferecer o produto dele para todos que passam pelo local. Em seguida, como se quisesse recobrar os sentidos, a jovem balança a cabeça de um lado para o outro. Então, ela faz uma pergunta para Agari.
- Nossa! Quem ainda trabalha com papel impresso.
Logo após a indagação de Mife, o humanoide abre a mochila e pega uma caderneta.
- Eu ... Se um dispositivo eletrônico for apanhado por uma onda eletromagnética e ele não tiver um sistema de proteção forte, todos os dados no aparelho serão perdidos. Às vezes, nem o backup de segurança funciona. Papel tem sua serventia.
- Agari, eu queria que minha memória fosse de papel. Assim, eu saberia tudo sobre o meu passado. Só tenho algumas visões de um quarto luxuoso e de empregados trabalhando para mim. Agari! Deve existir uma ótima recompensa para quem me levar de volta a esse lugar! Você vai ganhar bastante dinheiro!
Em seguida, saltitando e caminhando, Mife abre um pequeno pingente de metal. O dispositivo projeta a imagem de um quarto luxuoso com diversas empregadas e empregados robóticos. Então a jovem continua a falar.
- Minha família deve ter muito dinheiro.
Agari, por sua vez, enquanto lê a caderneta, comenta com Mife.
- Talvez você seja de uma família importante. Entretanto, acho que as suas vagas lembranças anteriores foram fortemente influenciadas pelo vídeo holográfico do pingente. Em nenhum momento você está nas imagens. Acho que seu cérebro lhe mostrou o que você queria ver.
Enquanto faz essas ponderações, o humanoide reflete sobre as anotações da caderneta.
“Droga! Eu esqueci de fazer as anotações ou não deu tempo ... Isso pode ser bem ruim ...”
Mife, após pegar um passaporte do bolso, olha novamente as informações naquele documento. Sem perceber, a jovem se pergunta, em voz alta, como seria a cidade de Sápotas. Para surpresa dela, Agari responde.
- Infelizmente, não teremos tempo para pesquisas. É difícil ter informações confiáveis de como são as outras nações, pois o fluxo de pessoas e mercadorias praticamente inexiste entre elas. Acho que já fazem mais de 1000 anos que as terras foram separadas pelos eventos das derivas. Dessa forma, mesmo nas bibliotecas e acervos históricos da cidade, só vamos encontrar informações sobre como Sápotas era no passado. Quem dera se os sinais de telecomunicações conseguissem atravessar as interferências energéticas que formam o mar das derivações. Por hora, o que precisamos fazer é voltar para o hotel e organizarmos algumas coisas.
- Agari! Eu só “pensei” alto demais. Não pedi uma aula!
Sem se importar com o comentário da garota, o humanoide observa, dentro da mochila, o dispositivo de ajudante pessoal que pegou antes de acordar no café. Imediatamente, o viajante entende que aquilo é fruto de uma exploração recente, pois como as coisas que Agari coloca na mochila vão para um inventário dimensional que só ele pode acessar, ficando visível só o último item coletado, ele sabe que ali deveria estar o broche dado pela enfermeira.
Após andarem um pouco, a dupla chega no hotel. Mife sai correndo na frente enquanto grita que não vê a hora de tomar um banho quente. Notando que todos no hall de entrada estão olhando assustadamente o comportamento da jovem, Agari fica todo constrangido e sussurra para dentro que a menina só o faz passar vergonha.
Apesar daquela cena, um recepcionista cumprimenta o humanoide e entrega as chaves de um carro para ele. O funcionário pede desculpas pela demora e comenta que o automóvel já está concertado. Agari olha as chaves e tenta fazer força para ter recordações, mas não se lembra do veículo. Ele agradece e pergunta em quantos créditos tinha ficado o reparo, mas é informado que já tinha feito o pagamento antes de sair mais cedo com Mife.
Já no quarto, Mife está levitando sobre a cama e feliz por estarem novamente no hotel. Enquanto Agari coloca a mochila sobre um pequeno baú, a jovem comenta que está sentindo falta dos doces. Então, o viajante revela que eles podem pedir mais pelo aplicativo. Sem perder tempo, Mife pega um celular de cima de uma cômoda e diz que vai fazer o viajante experimentar o cardápio inteiro da cafeteria. Agari começa a rir, dizendo que não será uma ideia ruim. Então, sem graça, Mife pede desculpas, pois tinha esquecido que o humanoide não tem boca.
- Não se preocupe Mife. Não tem problema. Eu posso transformar os átomos de carbono dos alimentos em energia. Com relação ao gosto da comida, eu posso imaginar como seria. Entretanto, mudando de assunto ... Você está com o brinco que lhe dei.
Agari questiona a jovem enquanto ele lê algo na caderneta. Rapidamente, Mife diz que não entende a preocupação que o humanoide tem com aquele pequeno objeto de madeira que deu para ela. Em seguida, ela afirma que não deixa de usar aquilo de jeito nenhum e monstra o acessório em uma das orelhas. Agari olha novamente o dispositivo de assistência virtual e se pergunta o que aquilo faz.
"Será que é uma bomba?"
Ele retira o objeto da mochila e o coloca do lado dele. Depois, pega os projetos dos carros voadores e pensa.
"Isso é incrível. Eu devo ter feito backup de arquivos sobre ... Eu não deixaria algo tão importante assim passar."
De repente, após Agari pegar um pequeno notebook da mochila, ele escuta um miado. O viajante olha para o lado e vê que Mife já tinha ligado o dispositivo, do qual um gato holográfico tinha surgido. O viajante sua por dentro. Ele reflete.
"Nossa ... Se fosse uma bomba ... Eu tenho que ter cuidado, pois Mife é curiosa demais."
Agari olha o assistente virtual e pergunta o que aquilo faz. O holograma só começa a miar e se “esfregar” na perna do humanoide. Imediatamente, Mife reclama e pergunta por que ele nunca mostrou aquele assistente virtual tão fofinho para ela. Após isso tudo, o viajante só consegue pensar.
"Mais uma coisa pra eu descobrir de onde veio."
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Ele esquece de tudo? Parece eu antes das provas 🤣!