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01/02 (Michael Trove): Motoqueiro E Namorada

Atualizado: 9 de jun.

Light Novel Michael Trove


CAP 02 | Motoqueiro E Namorada



Ao ver que Duffy não iria parar de jeito nenhum e logo ela voltaria a reclamar com Michael, Juliana Tori pega a light novel que está guardada na pasta da amiga. Intrigada, a professora de biologia desfolha o exemplar. Juliana exibe um semblante cada vez mais peculiar, pois é como se ela já tivesse visto, em algum lugar, o tipo de escrita mágica desenhado nas páginas. Michael, ao notar que Juliana está lendo a revista que estava com Dufy, se levanta e fica atrás da amiga. Demonstrando grande interesse na light novel, o professor puxa uma cadeira e se senta. Dufy, ao perceber que os dois estão focados na revista e não nela, para de falar e volta a ler os artigos. Enquanto faz a leitura, a professora bebe, finalmente, a água do copo que Tilai levou para ela. Quando todos menos esperam, Michael faz um comentário.


- Dufy! Pelo menos é uma light novel fofinha. Tem até um lorde palhaço na história!


Após dizer essas palavras, o professor de física leva uma cotovelada, desferida por Juliana, bem na boca do estômago. Ainda sentido o golpe, ele percebe a biogeneticista o encarando. Ela faz um olhar aterrorizador e que parece dizer: não provoque quem acabou de ficar quieto. Então, Juliana empurra a revista no rosto de Michael. Sem saber o que dizer, ele continua a ler a light novel, como se nada tivesse acontecido. Ao mesmo tempo, a professora foca a atenção no notebook.


Quando os ânimos esfriam, Juliana acessa diversos jornais online. A mulher faz buscas em uns de grande renome, mas também em outros de menor credibilidade. Ela lê rapidamente as manchetes à procura de relatos sobre pessoas desaparecidas ou fenômenos estranhos. Em um jornal classe B e de pouco impacto, ela encontra uma reportagem sobre a namorada desaparecida de um motoqueiro. Segundo a notícia, o fato ocorreu durante à noite do final de semana. Conforme relatos das testemunhas do local, a jovem alegava ver pássaros cor laranja voando pelo céu noturno, afirmava que o ambiente estaria embebido por um suave aroma de Jasmim e jurava que flores brotavam do chão à medida que ela caminhava.


Juliana continua a ler mais informações sobre o caso. Finalmente, ela chega nas conclusões levantadas pelo chefe de polícia e o homem considera, fortemente, a possibilidade da jovem ter sido drogada por um alucinógeno potente. Na visão do policial, a substância poderia ter sido administrada à garota pelo próprio namorado da vítima, pois o rapaz queria acabar com o relacionamento. Além disso, para dar celeridade ao caso, o principal suspeito já está detido para averiguações. Juliana ainda lê que buscas estão sendo realizadas na região da mata onde a menina entrou enquanto cantava uma canção. Ao terminar de relatar o caso, a biogeneticista, usando um software ilegal, acessa o banco de dados da polícia para conferir mais informações sobre as investigações. Quando a professora vai pegar o café dela, que está sobre a mesa, uma voz diferente surge na sala e uma mão pega a caneca antes da mulher.


- Juliana, não perde seu tempo. Já fiz um pente fino sobre esse caso. O relatório oficial da polícia não é muito diferente do que está no jornal. Os investigadores consideram, realmente, o namorado da vítima como o principal suspeito, pois ele tem antecedentes criminais. Há dois anos atrás, o rapaz assassinou uma ex-namorada. Quando li a matéria no jornal, também achei bem parecido com o modus operandi da Armurai Tonkenai, a qual alterava as percepções sinestésicas dos alvos pelo uso de insetos espirituais. O problema do caso atual é que o cara detido confessou ter matado a primeira namorada, apesar de alegar inocência no sumiço da jovem de agora.


Enquanto bebe o café de Juliana, Santego, o professor de química que acabou de entrar na sala, conta, entre um gole e outro, aqueles detalhes do caso para todos no local. Quando termina de falar, ele, calmamente, se senta e conclui a bebida. Enquanto Michael e Dufy refletem, Juliana fica dando soquinhos no ar por causa do café perdido. Como estava devendo um “expresso” ao amigo, Juliana decide deixar pra lá. Ela fecha o note, suspira e comenta.


- Santego! Você acha mesmo que não pode ser algum soldado daquela Armurai. Um que tenha escapado e está perambulando por esse mundo. Nesse caso, ainda com resquícios do encantamento mágico que aquela criatura dava aos subordinados. Eu sei que levamos quase dois anos caçando, em conjunto com a brigada 41, esses soldados pelos quatro cantos do planeta. Derrotamos todos, mas eu começo a ter dúvidas após ler esse caso de desaparecimento. O relato de flores que nascem enquanto a vítima anda é muito similar ao que vimos durante as caçadas. Talvez algum espírito maligno conheceu aquela Armurai e aprendeu a magia. Michael! O que você acha? Devemos dar um pulo lá para checarmos isso?


Michael analisa a situação. Enquanto pondera sobre as especulações de Juliana Tori, ele reflete sobre a descrição do caso que Santego fez a pouco. O professor lembra que foram dois anos, de intensa busca, atrás dos soldados remanescentes da Armurai Tonkenai. De forma surreal e alucinante, Michael, Dufy, Santego e Mankara faziam quase 96 horas seguidas e ininterruptas de caçada. Eles vasculharam por entre vielas, em becos, no meio de pântanos e nos piores lugares que o mundo pode ter. Naquela época, eles viajaram em cima de pássaros de gelo, de charretes fantasmas ou do que fosse necessário para dar conta de irem em todos os lugares que eram marcados como esconderijos. Uma caçada incessante, na qual eles correram contra o tempo para evitar que a Armurai derrotada renascesse a partir de um soldado classe A.


Julgando não ser possível que algum subordinado da Armurai Tonkenai pudesse estar vivo, Michael considera ser mais coerente que, durante aquela época, algum espírito maligno tenha visto um classe A aplicando a magia de alteração da sinestesia sensorial perceptiva. Ao lembrar do nome do encantamento, o professor recorda o motivo pelo qual os nomes das técnicas aplicadas pelas Armurais pareciam uma colcha de retalho de palavras com algum nexo entre elas. Entretanto, o homem procura não focar nessas memórias. Ele continua a julgar se deveriam investigar ou pedir para um integrante da brigada 41 dar uma olhada.




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3 comentários

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GOKU raivoso
GOKU raivoso
10 de jun.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Indo para o cap 3 👍!

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Convidado:
09 de jun.

Também estou gostando bastante

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Convidado:
09 de jun.

O Santego é maior tranquilhão

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