01/09 (Michael Trove): Cidade Corrompida
- webquadrinhosdefu
- 30 de jun. de 2024
- 5 min de leitura
Atualizado: 9 de jun.

CAP 09 | Cidade Corrompida
Na cidade brasileira onde Santego se encontra, o professor caminha por dentro das imensas galerias de esgoto. Então, ele sente o celular vibrar no bolso. Ao abrir, o homem vê uma foto. Enquanto estala os ombros, Santego demora, alguns segundos, para acreditar que seja o rosto da taxista no visor do aparelho. Quando ele menos espera, o celular toca. Rapidamente, o ruivo atende e começa a falar.
- Michael, eu achei que ela viria atrás de mim. Estou surpreso dela ter ido, aí no Chile, atrás de você. Como você está amigão? Noite movimentada hoje! Não acha? Eu estou dentro de umas galerias de esgoto. A menina da foto comentou para eu não entrar nesse local. Nas 2 horas de busca aqui embaixo, não encontrei nada de anormal. O único fato assustador é descobrir que, realmente, o sinal desse aparelho é incrível. A Juliana tinha razão sobre esses celulares funcionarem até na lua. Entretanto, deixando essas inovações tecnológicas de lado, só vim até aqui por achar que ela queria lutar comigo nessas galerias. Ela deu trabalho?
Do outro lado da linha, Michael responde.
- Não Santego! Ela foi a carta de boas-vindas do nosso inimigo. Eu deduzo que nosso adversário não seja muito brilhante em termos de estratégia de guerra, pois acabei de pegar uma peça dele e vou trazê-la para o nosso lado. No momento, estou pensando em como fazer isso sem que essa pobre infeliz relembre as torturas pelas quais passou.
Santego, atento ao local, pondera.
- Você acha que ela irá conseguir recordar de algo? Ou ainda, lembrar da identidade de quem tá por trás disso? Será que é possível ela não lembrar das ... das ... torturas? OPA! ESPERA AÍ! Ela se ... se ... lembrar? COMO ASSIM?!
Santego para! Desequilibrando, ele sai de cima da pequena calçada que evitava dele entrar em contato com a água do esgoto. O homem molha os sapatos e a barra da calça no líquido podre que corria pelas galerias, mas ele nem liga para isso. Arregalando os olhos, Santego indaga novamente.
- Michael! COMO ASSIM?! Eu pensei que você mandou a foto de um corpo sem vida e estava, simplesmente, carregando os restos mortais dessa Armurai para análise. Armurais não tem sexo ou idade! Ela não é uma adolescente que precisava ser salva. Eu pensei que ela estava morta.
Rapidamente, Michael responde.
- Ela contou coisas que me fizeram pensar sobre a possibilidade da magia Sirlinrakenei não ter dado conta de retalhar a alma de uma menina específica. Uma, dentre as várias, usada no sacrifício para criar a Armurai. Usando a magia de invocação, eu consegui trazer a tal garota de volta.
Santego suspira e olha pra cima. Então, ele comenta sobre a situação.
- Isso vai dar um problema dos grandes ... Além disso, a vida dessa garota será um tormento insuportável para ela. Vire e mexe, um dos fragmentos de almas que tá nesse corpo vai querer sair pra fora. Quando forem todos os retalhos de alma tentando emergir ao mesmo tempo, posso dizer que será a própria Armurai querendo voltar à vida. Pelo menos, sabemos que o usuário da Sirlinrakenei é um mago de merda, pois fez a magia malfeita e uma alma escapou do "retalho".
Com a voz num tom mais sério que o habitual, Michael faz algumas considerações.
- Nada disso meu amigo! Provavelmente, essa aqui foi uma das primeiras que ela criou. A Armurai, que me atacou, revelou que nosso adversário é uma feiticeira. Além disso, já sei que a infeliz sabe que temos um detector que localiza as Armurais. Ela enviou a que considerava mais fraca para acharmos que as outras devem ter um nível patético de força.
Santego fica imóvel. Dentro das galerias de esgoto, ele olha em direção ao nada.
- Michael ... Vou sair daqui então. Estou só perdendo tempo nesse lugar. Vai ser melhor eu voltar e carregar as energias, pois vem chumbo grosso pela frente.
Rapidamente, Michael completa.
- Pior que vem Santego. Deixe o resto com a brigada 40 e 41. Pepe já colocou todo mundo em alerta.
Ao desligar o celular, Santego percebe uma luz de lanterna. Depois mais luzes. Então, uma voz conhecida.
- SEU CABEÇA DE ESTERCO! Você tá querendo morrer. Por que você veio para um lugar desse sozinho?
Dufy, com mais 20 guardas de armaduras metálicas brancas e altamente tecnológicas, chega perto de Santego. A mulher começa a dar tapas no amigo e pergunta a razão pela qual o colega não esperou o relatório da brigada 40 e 41. Ela bate, reclama e afirmar que Santego estava querendo ter a alma transformada em bolinhos. Ao longe e sem que ninguém percebesse, uma pequena esfera, do tamanho de uma bola de gude, começa a se desmanchar na parede. Ela derrete e vira uma gosma, que passa por dentro de um buraco. Nesse exato momento, Santego e Dufy sentem uma alteração de energia no ambiente. Eles olham para todos os lados, mas não percebem qualquer sinal do inimigo.
Na sede de monitoramento do tráfego da cidade, numa sala repleta dos mais diversos tipos de telas e monitores, diversas bolinhas de massa branca começam a saltitar no chão. Em seguida, elas se amontoam em diferentes cadeiras. As massinhas se fusionam ... Elas se contraem ... Espicham ... Contraem novamente ... Finalmente, aquelas estranhas estruturas ganham cores e formam pessoas sem olhos. Em seguida, enquanto algumas das criaturas colocam óculos escuros, outras fazem dois furos com os dedos na testa. Nessas últimas, as cavidades criadas formam olhos e descem lentamente pela face até se posicionarem corretamente no rosto. Uma das figuras que usa óculos escuro se levanta. Como se enxergasse claramente o local, ela anda perfeitamente e vai até uma mesa com um interfone. Segundos antes dele tirar do gancho, o aparelho toca. A pessoa na sala comenta, com quem está do outro lado da linha, sobre a situação.
- Eles estão saindo das galerias. Infelizmente, não sabemos onde o motoqueiro está, pois perdemos o sinal dele. Com isso, não deu tempo de pedir para ele emboscar o Santego. Esperamos o Armurai Room entrar em contato, mas até agora ele não ligou.
A pessoa olha para o relógio e vê que são 6:00 da manhã. Após escutar as instruções pelo aparelho, o ser de óculos diz.
- Vamos deixar eles saírem então! Não se preocupe!
Após recolocar o interfone no gancho, a pessoa dá ordens para todos no local.
- Dia normal de trabalho tropa! Vamos fazer essa cidade andar normalmente e girar a roda da economia desse lugar!
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