01/10 (Flon Singor): Ligação Oculta
- webquadrinhosdefu
- 1 de jul. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 13 de jun.

CAP 10 | Ligação Oculta
Pela manhã na casa dos Singor, Flon está sentado no chão e lê o bilhete que pegou na praia. O corpo desacordado do amigo está junto dele. Doker dorme sem imaginar tudo que estava ocorrendo. De repente, Flon observa que perdeu o horário da escola, mas conclui que o único professor que irá aparecer por lá será a professora nova. Então, ele bate com a cabeça na parede e diz baixinho que aquilo estava começando a ficar perigoso. Do nada, Manu surge na janela e fala que estava esperando os dois acordarem. Ela dá um susto em Flon.
- Sua maluca! Desde quando você está aí do lado de fora? Estava esperando que eu acordasse? Eu não dormi, Manu! Fiquei de vigia depois que chegamos.
A jovem pula a janela e diz que não escutou barulho nenhum dentro do quarto. Ela relata que, somente quando Flon reclamou da situação, percebeu algum sinal de vida no lugar.
- Eu não fiz barulho pois estava refletindo e pensando em tudo que tinha acontecido.
Após notar que não devia explicações para Manu, Flon sacode a cabeça e pergunta, novamente, desde que horas ela estava ali. O rapaz estranha o fato de não ter escutado ela chegar de madrugada. No fundo, Flon receava que, após entrar na casa carregando Doker, Manu pudesse ter pulado o muro e ficado esperando perto da janela a madrugada inteira. Ela não responde ao jovem, mas entrega para ele uma carta.
- Aqui Flon ... Eu achei isso na porta do meu quarto e vim pra cá.
Dentro dela, um bilhete informa que precisa da ajuda do rapaz para lidar com 50 criaturas que escaparam de um laboratório clandestino. Ao ler o rápido conteúdo da mensagem, Flon fica um pouco irritado.
- Por que a pessoa, que escreveu isso, não aproveita e pede ajuda para acabar com o laboratório de onde esses bichos fugiram?
Após ele dizer isso, Manu entrega para Flon um celular.
- O aparelho estava ao lado da carta.
Respirando fundo, o jovem pega o celular.
- Manu, você precisa parar com essa mania de fazer as coisas a prestação. Se era uma carta e um celular, já me mostrava os dois logo.
Demonstrando ter ficado furiosa, sem falar nada, a jovem cruza os braços e sopra o cabelo que caiu sobre a testa. Logo em seguida, o aparelho toca e Flon atende rapidamente. Do outro lado da linha, uma voz fala que sabe sobre o poder que o rapaz possui.
- Flon, eu estou caçando, faz nove anos, os seres que você anda destruindo. Infelizmente, não tenho como lidar com vários ao mesmo tempo. Alguns deles foram capturados e estudados em laboratório. Lamentavelmente, isso possibilitou que alguns cientistas aprendessem sobre a fisiologia interna dessas criaturas. Em seguida, eles manipularam outros organismos e criaram quimeras. Acredito que eles estão criando mais aberrações em cativeiro para originarem espécies mais poderosas.
Após escutar aquilo, Flon responde com a pergunta de antes.
- Por qual razão não destruir o laboratório logo?
Após alguns segundos de pausa, o contato misterioso comenta.
- Ele é um laboratório vivo e com capacidade de teleporte. Eu não sei quem o construiu. Por quatro vezes, já estive perto de achar a localização daquilo. Somente na tentativa mais recente, eu pude descobri que todo o laboratório é, na verdade, um imenso Kaiju. Ele possui uma blindagem externa semelhante às escamas de um dragão, mas possui a aparência de um tatu. Eu cogito que nem todos os que trabalham lá dentro sabem disso. Por ter uma consciência própria, ele se teleporta para outro lugar quando pressente perigo. Assim Flon, espero que você entenda que não será uma missão fácil parar a produção dessas quimeras. Eu não sei quem desenvolveu esse monstro laboratório, mas tenho certeza de que não estamos lidando com um adversário fraco.
Manu começa a bater no ombro de Flon. Ela quer saber o que está deixando-o tão branco. Um pouco impressionado, o rapaz fala.
- Essas criaturas são produzidas, nesse laboratório, a mando de alguém. O problema fica pior, se o responsável por isso for, também, o projetista desse Kaiju. Muito provavelmente, ele deve ter mais “laboratórios” como esse espalhados por aí.
Novamente, após alguns segundos de pausa, a voz responde.
- Flon ... Isso é só uma suposição. Eu também já pensei nisso. Se houver mais laboratórios como esse, acredito que não conseguiremos dar conta. Por enquanto, é melhor focar no extermínio das criaturas que estão soltas pelo país. Irei desligar ... Assim que eu tiver a localização de mais desses monstros, entro em contato com você.
Após a ligação ser finalizada, Flon conta para Manu o que a voz do outro lado da linha revelou. A jovem fica em espanto. Do nada, ela se levanta, dá um tapa no próprio peito e diz que vai se inscrever numa escola de caratê para treinar. Com palavras animadas e entusiasmadas, Manu afirmar que, dessa forma, ela poderá ajudar Flon. Não acreditando no que acabou de escutar, o rapaz suspira e encosta a cabeça na parede novamente.
Sem que os dois esperassem, Camila Singor abre a porta do quarto e pergunta o motivo de todo aquele barulho e falatório. Ao ver Manu ali, a reação de Camila só não é pior, pois Flon está sentado no chão e longe da garota. Além disso, Doker está deitado na cama e completamente apagado. Deixando a situação menos problemática, os três estão vestidos com roupa de sair, sugerindo que iriam a algum lugar ou, no caso mais provável, que chegaram faz pouco tempo. As duas ficam se encarando e não trocam uma palavra. Então, Flon se levanta para sair do quarto. Ao passar pela prima, o rapaz fala com ela.
- Camila, deixa que eu faço o café da tropa hoje. Daqui a pouco a mãe e os primos levantam. Vai tomar um banho que você tá com cara de quem acordou caindo da cama.
A jovem olha pra Manu, a qual olha de volta e se senta no chão. Entretanto, sem que ninguém percebesse, o camaleão, preso no teto e no modo invisível, observa tudo.
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