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01/08 (Duon Naliart): Visitas E Surpresas

Atualizado: 9 de jun.

Light Novel Duon Naliart


CAP 08 | Visitas E Surpresas



Enquanto Sofia se recupera das agressões que sofreu, um ser estranho caminha pelas ruas próximas à casa da jovem. O homem veste as mesmas roupas do monstro com cabeça de salamandra que estava no armazém, mas possui um rosto humano. Além disso, ele usa um brinco dourado com a forma de uma nota musical.


“Devo estar bem perto ... Não deixei passar nenhuma referência. De qualquer forma, vou escrever para ele. É melhor eu confirmar que estou indo na direção da casa correta.”


Então, aquele homem para embaixo da sombra produzida por uma banca de jornal. Ele olha em volta e para o alto também. Após não perceber nenhum tipo de perigo, ele tira um celular do bolso interno do terno. Rapidamente, ele escreve uma mensagem.


“Kranfa ... Observe pelo GPS se estou indo na direção certa. Se tudo estiver correto, estou quase chegando na casa dela.”


Dentro de um laboratório de química, na mesma faculdade onde Sofia estuda, um ser com cabeça de salamandra recebe a mensagem. O lugar está fechado e a criatura é a única ali dentro. Diferente do monstro do galpão, esse monstro possui o corpo de um rapaz e no jaleco está um crachá igual ao do jovem que monitorava a conversa de Sofia com os detetives Duon e Dick. O híbrido, após pegar o aparelho, responde.


“Kronfo, você está chegando na casa da Sofia Feliar. Basta subir essa rua, no sentido dos carros, e virar a primeira direita. Ela mora no prédio de fachada marrom.”


Duas horas após todos esses acontecimentos, Duon chega na mansão do Dr. Hector para falar com o banqueiro. Dick está inquieta com algo, mas prefere não comentar com o chefe. Após os dois atravessarem o imenso jardim, a empregada da casa pede para que os detetives esperem sentados no salão de visitas. Após a mulher se retirar, para relatar sobre a presença das visitas, Duon fala com a assistente dele.


- Dick, algo está tirando sua atenção. Percebeu algo estranho no lugar? Nós já viemos aqui outras vezes. Essa mansão não é novidade para a gente.


- Chefe ... Pode não parecer, mas sinto como se essa casa não fosse a mesma. É estranho e difícil de descrever, mas parece que tudo aqui é uma cópia malfeita, tipo um cenário de novela: as paredes, os móveis, os tapetes e todo o resto. As coisas estão sem brilho e sem vida. Você não sente estar dentro de um sonho onde o ambiente está meio borrado?


- Você diz, vendo tudo por uma lente opaca? De fato, essa mansão já teve mais vida.


Duon olha para o relógio e depois para o céu pela janela.


- Dick, estranhamente, você tem toda a razão. Estamos com um forte Sol lá fora e o tempo não está nublado. Apesar dos raios de luz entrarem na casa, não há um brilho genuíno nos móveis. Eu não lembro de nenhum tipo de gás que possa deixar esse efeito no ambiente, mas precisamos investigar depois.


- Correto chefe! Você acha melhor um de nós esperar no carro?


Antes que Duon pudesse responder, a neta do Dr. Hector desce as escadas.


- Peço desculpa aos detetives, pois meu avô teve de sair por causa de uma reunião de última hora. Como o motivo da conversa de vocês, certamente, são as visões que eu tenho tido, acredito que não será ruim vocês falarem diretamente comigo.


Enquanto ajeita as mangas do terno, Duon dá dois passos para frente. O detetive, rapidamente, compreendeu que a neta do banqueiro deu um jeito de tirar o avô do local para falar em particular com os detetives.


- Nenhum problema. Será até melhor. Krefdi ... Esse é o seu nome? Correto?


A jovem desce a escadaria e sinaliza para Duon e Dick se sentarem.


- Isso mesmo. Pode me chamar por esse nome. E assim que todos me chamam. Tiveram algum avanço com as investigações? Sabem de onde está vindo essas alucinações ou o que elas significam?


- Eu e minha assistente estamos investigando com empenho máximo. Trabalhamos com a hipótese de uma neurotoxina.


- Uma substância química? Seria isso a causa desse sofrimento ...


Enquanto Krefdi faz esse comentário, a jovem coça os pulsos. Nesse momento, por causa da ação da neta do banqueiro, Duon e Dick percebem marcas de agulhas no pulso da estudante. Ela se dá conta e tanta disfarçar, mas já é tarde demais. Sem querer perguntar o óbvio, Duon avança no interrogatório e mostra uma foto.


- Conhece essa jovem? Ela se chama Sofia Feliar. Você tem contato com ela?


- Não ... Negativo ... Nunca vi essa garota. Existe muita gente na faculdade e não há como eu conhecer todos que estudam lá.


Dick estranha o fato de a neta do banqueiro deduzir, imediatamente, que a foto de Sofia corresponde a de um aluno da faculdade. Nesse momento, Duon e Dick tem a certeza de que a jovem mente e que ela conhece a estagiária do laboratório de química. Após isso, Duon prossegue com as perguntas.


- Krefdi, pode nós contar como foi a primeira vez que você viu a Lua dourada no lugar do Sol?


- Eu tinha ido a uma festa com meu namorado. Infelizmente, ele é usuário de substâncias ilícitas. Só que ... Apesar dele usar essas coisas ... Eu estou limpa ... Eu não uso essas coisas. Tanto não uso que, quando acordamos na segunda pela manhã, tivemos uma briga horrível, pois eu vi aquilo no céu e pensei que ele tivesse injetado algo em mim.


Dick grava as declarações da jovem, mas procura monitorar, com um olhar discreto, o ambiente em volta. Enquanto Duon faz algumas anotações, a neta do Dr. Hector, de repente, olha pela janela e continua a falar como se os dois não estivessem ali. Ela tem um olhar perdido no horizonte.


- Após duas semanas separados ... Após a briga ... Eu continuei a ter aquelas visões diabólicas ... Aquela Luz dourada no céu com aquela raposa de duas cabeças se movendo de um lado para o outro ... Tudo sempre no mesmo dia da semana e no mesmo horário. Quando percebi que não era um efeito de uma droga ... Aí pedi por ajuda ...

 

Longe da mansão do Dr. Hector, Sofia Feliar está voltando para a casa dela. Quando a estagiária está abrindo a porta do apartamento, Kronfo, o bandido que possui uma cabeça de salamandra, esconde-se, rapidamente, no quarto. Ele puxa do bolso uma faca e fica na espera. Por sua vez, Sofia segue direto para o banheiro, onde chora sem parar por causa das agressões que sofreu. Escutando os soluços da jovem, o bandido, em busca de orientações, envia uma mensagem para o cúmplice. Após alguns segundos, a resposta chega.


“Saia daí e não faça vítimas. Por enquanto, precisamos dela viva.”


Cuidadosamente, o monstro sai do apartamento, mas deixa cair um cartão de estacionamento. Alguns minutos depois, Sofia entra no quarto e percebe algumas coisas mexidas. Ao ir na sala, ela vê o cartão no chão.


“Alguém entrou no meu apartamento?”



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