01/04 (Rebeca Vilper): Pesquisando Informações
- webquadrinhosdefu
- 25 de fev.
- 4 min de leitura
Atualizado: 10 de mar.

CAP 04 | Pesquisando Informações
Dois meses após a cidade onde Rebeca fazia comércio ter sido aniquilada por um inimigo sem nome, a vampira está num quarto de hotel na capital. Ela está cercada de livros e pergaminhos antigos espalhados pelo chão. Ao lado dela, dois revólveres estão próximos a uma caixa de munição e a espada está de prontidão para ser usada a qualquer momento.
- O discurso daquele orc, bem como as vestes deles, tinham um tom apocalíptico. A julgar pela natureza dele, feito de fumaça, ele deve ser parecido com os monstros fantasmas que tinham no meu planeta. Eu só dei o azar de não estar com as armas corretas.
Olhando pela janela, ela observa um pequeno pássaro cantando.
- Até agora, não houve notícia de nenhum tipo de ataque como aquele. Apesar do fluxo de informações fluir de modo bem vagaroso, pro meu gosto, nesse planeta, levou cinco dias para todas as nações tomarem conhecimento do desaparecimento da cidade onde eu morava. Tudo foi passado como um simples terremoto que engoliu tudo e todos. Até a casa que eu morava, mesmo distante, foi levada no processo.
Rebeca pega um pergaminho e começa a ler.
- Aqui diz que existe uma lenda sobre uma criatura mítica nesse planeta que devora toda a vida de tempos em tempos. Segundo os contos, tudo começou por conta de uma maldição lançada sobre a princesa que não enxergava e era de um reino decadente muito distante. Dizem que ela foi forçada a se casar com um senhor de terras muito rico, mas que sacrificava as esposas após dois anos de casamento.
Rebeca abaixa o pergaminho e começa a refletir.
- Eles não sabem lançar uma maldição de ódio que assole todo um planeta ... As pessoas daqui estão mais para camponeses levemente desenvolvidos tecnologicamente. Eles nem sabem usar magia direito. Certamente, aconteceu algo que eles chamaram de maldição, mas que não era uma de fato.
Balançando a cabeça, Rebeca se foca em continuar a leitura.
- Certo dia, um mago, vindo das estrelas, ofereceu uma alternativa para a princesa cega. Ele curaria a visão dela e daria poder em troca de uma gota de sangue dada de bom grado. Ciente de que morreria em dois anos, a mulher não pensou duas vezes e aceitou o acordo. Segunda a história, após dar o que foi pedido, ela se transformou numa gigantesca aranha com múltiplos olhos. Com uma fome insaciável ele destruiu o reino onde morava e as terras do futuro marido. Após alguns dias de caos e desespero, o mago retornou e selou o monstro no centro do planeta com a esperança de que o magma pudesse consumir aquela aberração por completo. Apesar disso, ela escapa às vezes da prisão e, antes de ser arrastada pelas corretes para o núcleo do planeta, ela causa o máximo de destruição possível. Não se pode destruir a besta e a única forma de escapar dela é esperar a ação das correntes que a seguram.
Ao terminar de ler, Rebeca olha para a pilha de pergaminhos antigos em cima da cama.
- Esse aqui, foi o primeiro que falou algo sobre o que é a Sombra Devoradora ... Tudo aquilo ali na cama, parece mais um registro de anotações feitos no papel que a pessoa tinha na época.
Inesperadamente, Vilper encontra um nome ao final do documento.
- Ah! Esse aqui ... Esse tem a parte final do pergaminho ... O tempo não conseguiu apagar a identidade do autor nesse documento. Até que enfim!
Olhando com atenção a assinatura, ela identifica um nome.
- Credan ... Quem escreveu esse pergaminho se chama Credan. Isso deve ter mais de 5.000 anos de existência. Provavelmente, ele foi algum historiador que reuniu as lendas orais em registros físicos.
Então, Rebeca escuta uma batida na porta.
- Entra Jafia! A porta está destrancada.
Da entrada do quarto emerge uma mulher morena como o barro. Ela veste roupas marrons que lembram uma ninja e carrega duas longas lâminas curvadas. As armas estão presas por uma longa faixa negra amarrada na cintura e brilham como se fossem polidas continuamente. Jafia tem longos cabelos negros e brilhosos, um corpo repleto de contornos e usa uma maquiagem mais carregada perto dos olhos.
- Você e sua mania de deixar a porta destrancada. Não tem medo não mocinha?
- De que? Se nossos inimigos quiserem, eles explodem essa cidade num piscar de olhos. A porta estar aberta ou fechada tanto faz. Agora, cala a boca e me diz se você achou alguma informação sobre o orc cinza.
Jafia empurra alguns pergaminhos com o pé e se senta no chão. Pegando o cabelo e querendo insinuar que irá fazer uma trança, a guerreira suspira.
- Se já é difícil fazer os locais entenderem o conceito de orc, imagina descobrir alguém que tenha coragem para falar sobre. Tudo que consegui foi informações sobre a lenda da Sombra Devoradora. Eles acham que o orc, que a gente procura, seja o mago da lenda e aí todo mundo pira na batatinha. É uma sequência de advertência sobre o que pode e não pode fazer para evitar a fúria do monstro. Eu anoto tudo como o chefe pediu, mas é um saco.
Após escutar o "progresso" nas buscas feitas por Jafia, Rebeca alonga os braços.
- Falar nisso, eu finalmente vou conhecer o chefe para o qual a gente tá trabalhando?
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