01/09 (Rebeca Vilper): A Sanguinária
- webquadrinhosdefu
- 25 de fev.
- 4 min de leitura
Atualizado: 10 de mar.

CAP 09 | A Sanguinária
Rebeca e Jafia seguem o jovem por causa do cheiro que ele deixou pelo caminho. As duas percebem que estão indo para um local abandonado. Nesse momento, a mercenária comenta sobre a situação.
- Não é um simples roubo de bolsa. Eles devem ser uma gangue que sequestram mulheres indefesas.
Rebeca respira fundo. Ainda correndo, ela segura a espada que carrega das costas.
- Mulher! Volta para esse planeta! A pimenta queimou seus neurônios? Eu tô com uma espada e dois revólveres! Você tem duas lâminas curvas presas na cintura! Carregamos armas e nem disfarçamos ... Não estamos indo para um sequestro de mulheres indefesas. Alguém está nos atraindo para uma emboscada.
- Rebeca, lógico que tem essa possibilidade! Entretanto, você acha que construíram esse lugar abandonado só pra gente! Aqui deve ser a região para onde eles atraem as vítimas. Dessa forma, é nosso dever acabar com eles!
A vampira desiste de tentar colocar qualquer pingo de racionalidade na cabeça da aliada. Então, ela reflete que será bom ver Jafia lutando pela primeira vez, pois elas se conheceram recentemente e tudo que fizeram foi pesquisa de campo sobre a história do planeta e organizações criminosas.
“A Jafia foi um dos meus primeiros contatos com a organização. Acabei esbarrando com ela, por acaso, durante minhas pesquisas sobre o orc cinza. Eu não sei como essa tonta pode ser uma caçadora, mas espero me surpreender. Se até agora ela não se cortou com essas lâminas gigantes que carrega pra cima e pra baixo, pelo menos essa mulher deve ser boa de luta.”
Após correrem mais um pouco, elas chegam dentro de um armazém abandonado e escuro. Ao fundo, o bandido de boina joga a bolsa para cima constantemente, como se fosse uma bola de tênis.
- As tontas chegaram! Sejam boazinhas e se ajoelhem no chão ... AGORA!
Os outros quatro bandidos emergem das sombras e cercam a dupla. Então o líder do bando reforça o que foi dito pelo jovem.
- ANDEM LOGO! Não queremos ter de usar a força bruta contra vocês. Se cooperarem, serão amarradas e amordaçadas com gentileza!
O homem barbudo do bando estranha aquelas palavras do chefe.
- Tem certeza que iremos agir assim? Elas já estão aqui e sozinhas! Não precisamos enganar ninguém. Vamos derrubá-las e aproveitar antes do “cliente” chegar.
Nesse momento, a cabeça do líder do bando rola pelo chão na direção do homem. Todos estão em espanto, inclusive Rebeca. Jafia está parada na frente do corpo morto decapitado. A perna direta da jovem está erguida e a ponta do pé tem uma faca que transpassou o coração do bandido. As lâminas gigantes que a mercenária carrega, agora cobertas de sangue, repousam suavemente sobre os ombros da vítima. Enquanto o pescoço do bandido ainda esguicha sangue, os olhos da mulher adquirem um brilho sanguinário. O branco dos olhos dela parecem tingido de vermelho por conta da cena que está sendo refletida neles. Inesperadamente, como se fosse uma contorcionista, ela joga a própria cabeça para trás e começa a observar os outros bandidos. Vendo tudo de cabeça para baixo, ela sorri, mas um sorriso estranhamente macabro. Até Rebeca, que já tinha visto de um tudo, fica assustada com o grau de maldade que emanam daquele rosto.
- Só falta um ... OLHA SÓ! É O CAREQUINHA BAIXINHO!
Rebeca percebe que os olhos da Jafia focam no bandido como se a mulher fosse uma assombração da calada da noite fitando a presa sem escapatória. Antes que o homem pudesse tentar alguma coisa, ele vê um braço passando por dentro do peito dele. Ao pé do ouvido, a voz de Jafia sussurra.
- Que belo coração você tem ... Bate, bate, coraçãozinho ... Bate, bate aqui na minha mão ...
Quando o bandido careca tenta virar a cabeça, essa cai do corpo, pois o pescoço dele já tinha sido alvo do corte de Jafia.
- Pronto! Menos dois!
A mulher retira o braço ensanguentado de dentro do corpo do homem e sacode para tirar o excesso de sangue. Percebendo que ainda está segurando o coração do bandido, ela joga o órgão de qualquer jeito, como se fosse um pedaço de lixo. Nesse momento, Rebeca olha a aliada com admiração.
“Ela é rápida e letal. Os golpes são precisos e a Jafia não perde tempo com conversa ... Lutando, ela é muito diferente da matraca desmiolada que come sem parar.
Antes que a vampira pude dizer algo, o bandido com a barba imensa pega as facas que estão na cintura dele. Olhando na direção da mercenária, ele a provoca.
- Ande! Não serei pego de surpresa. VENHA LUTAR COMIGO!
Jafia, por sua vez, olha na direção de Rebeca. Com o rosto coberto de sangue, ela apresenta um olhar frio, seco e vazio. Após abater as vítimas, a mercenária parece outra pessoa ao falar com Rebeca.
- Esses três que sobraram não estão contaminados pela Sombra Devoradora, mas são bandidos que precisam ser mortos. Vamos! Coma algo! Só uma gota do meu sangue não vai te sustentar por muito tempo!
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