01/08 (Mônica Grivor): A Festa De Sempre
- webquadrinhosdefu
- 2 de jul. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 13 de jun.

CAP 08 | A Festa De Sempre
No prédio da biblioteca central, especificamente no andar onde Mônica trabalha, as quatro bibliotecárias não param de falar sobre as inspeções surpresas constantes. Entretanto, à medida que a conversa avança, a falsa cabelo prata fica com receio da preocupação dela transparecer para as demais. Por esse motivo, sem que ninguém esperasse, ela muda o rumo da conversa. Curiosamente, Mônica é mestre em fazer isso: inserir um assunto dentro de outro sem aviso prévio.
- Gente! Todo esse foco que eles estão tendo com essas inspeções vai fazer com que a festa das abóboras, desse ano, fique entregue às moscas. Vocês vão naquilo? Todo ano vejo o pessoal falando que não aguenta mais, só que, quando chega a hora, tá todo mundo lá. Além disso, ela sempre acontece no final de semana. Se isso fosse um feriado de verdade, pelo menos eu aproveitava para dormir até tarde.
Após dizer essas palavras, como se tivesse apagado de cansaço, Mônica se joga na mesa. As colegas olham a cena e começam a cair na risada.
- Vai estar todo mundo lá de novo Mônica! Dúvida? No final, até você irá, pois eu sei que você não resiste a uma boca livre. Vamos ser sinceras. A festa da abóbora é mais uma festa para o povão mesmo, com toda comida do evento sendo fornecida de graça pelo comando central. Quando foi que a alta elite saiu para o meio da rua à fim de festejar a festa da abóbora?
Comenta Estecrinix enquanto sacode Mônica, que não queria acordar de jeito nenhum. Com os olhos fechados, a falsa cabelo cor de prata diz, somente, estar morta pelo fato de ter falecido após tanto trabalhar. Então, é a vez de Docrinix comentar algo.
- Eu não sei como eles fazem essas comidas, pois é impossível resistir. Elas têm um gosto que explode na boca e deixa o estômago pedindo por mais. É verdade que não se morre por falta de comida e a falta de consumo de sangue deixa a pessoa mais fraca, mas é impossível não comer o banquete servido na festa da abóbora! Dói na alma só imaginar de não poder participar.
Mônica, ainda sendo sacudida por Estecrinix e com a cabeça balançando de um lado para o outro, só consegue dizer uma palavra.
- Esfomeada ...
Olhando na direção da janela e pensativa, Galtrinix comenta sobre a festa.
- Eu acho que esse evento deve representar algo mais para o comando central, governo central ou como preferirem. Eles enviam muita comida, música e bebida. É quase um dia inteiro de festa. Não só isso! É muito estranho quando eles passam com os aviões e espalham aquela fumaça laranja durante a noite para projetarem filmes no céu. O firmamento virá uma tela de cinema. Ah gente! É gasto demais! Há 500 anos, é sempre o mesmo festival. Apesar dos artistas, das músicas, os filmes e das comidas variarem, a dinâmica não muda!
Do nada, Mônica interrompe.
- Maluca! Você queria o quê? Tiros, bombas e confusão? Só em um filme de ação que estivesse passando lááááá NO ALTO! Gente falei, mas morri de novo. Tô morta! Tô aqui não!
Estecrinix continua a sacudir Mônica.
- Não pega no sono sua folgada! A gente tem um monte de trabalho pela frente! Acorda! Acorda logo!
Após escutar as palavras “trabalho pela frente”, Galtrinix olha, imediatamente, para o relógio.
- Trabalho? Já deu nosso horário Estecrinix. Agora é ir pra casa e ...
Quando ela ia falar mais, Mônica dá um pulo. Ela pega a bolsa e sai correndo.
- Revivi gente! Tô vivinha! Lembrei que tenho que comprar roupa nova para o evento. Até amanhã na festa da abóbora meninas! Beijos e beijos!
As amigas, simplesmente, olham a vampira sair correndo, mas nem se espantam com a situação. Como sempre, certamente a jovem está muito atrasada de verdade. Nisso, no prédio da biblioteca central, todos vêem um vulto de cabelos prateados descendo as escadas correndo e resmungando baixinho que a loja vai fechar.
Na floresta que fica próxima a cidade de Grafar, um local onde habitam diversos monstros, o mascarado vermelho está sentado sobre uma pedra e olha o céu. De repente, um bando de lobos marrons, feitos de pedra, surge por trás dele. Quando os animais vão atacar, todas as criaturas congelam de medo. Ao perceber a situação, o vampiro olha pra trás e comenta.
- Opa galerinha! Vocês possuem um instinto mais aguçado do que o prefeito para prever o perigo! Pena que não tenho uma bolinha pra jogar para vocês irem correr atrás. Então ...
Voltando a olhar para o alto, ele conclui.
- Saiam daqui antes que quem eu estou esperando chegue. Ela iria amar fazer uns feitiços com os dentes e as garras de vocês.
Os animais, exibindo um tremor descontrolado por todo o corpo, começam a recuar com dificuldades. Alheio a dificuldade dos monstros, o vampiro não reduz a pressão de energia que manifesta ao redor. Ele só consegue pensar em um nome.
“O próximo da lista é a arrumadinha de cabelo rosa chamada Dadar, na cidade de Grafar. Espero que a conversa seja mais fácil com ela.”
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A monica tá em outro nível !