01/06 (Multi-9): Cidade Científica
- webquadrinhosdefu
- 24 de fev.
- 3 min de leitura
Atualizado: 13 de jun.

CAP 06 | Cidade Científica
No topo de uma imensa e gélida cordilheira na Finlândia, drones e máquinas quadrúpedes camufladas patrulham a região. Uma barreira holográfica oculta um imenso complexo de prédios e instalações de pesquisa, que lembram uma cidade no futuro. Num refeitório desses prédios, a programadora Amaya está animada em conhecer o rapaz que invadiu o sistema deles. Já Akemi, diz que ele deve ser todo sarado. Enquanto toma café com as duas, Kirsis faz cara de nojo ao ouvir os comentários delas.
- Meninas! Vocês não saem desse complexo faz quanto tempo?
As duas programadoras olham, com cara de idiotas, para Kirsis. Entretanto, a chefe das duas, com um olhar frio e gélido, lembra a realidade para elas.
- O Heitor é um garoto nerd em computação. Dificilmente, ele será sarado, musculoso e bombado, como vocês querem. Não né! Acordem ... Suas taradas malucas ...
Colocando a xícara de café, que bebia, sobre a mesa, Kirsis solta um suspiro e olha para cima. Então, ela volta a falar.
- Esperem ele envelhecer, ganhar muito dinheiro e investir numa academia. Além disso, fazer uso de suplementes diversos. Nesse momento, vocês poderão pensar em dar em cima dele sem se arrependerem. Meninas, até hoje, só conheci dois fedelhos extremamente inteligentes e muito fortes. Às vezes, tenho a impressão de que eles nem pertenciam a esse mundo.
Akemi coça a cabeça. Com um olhar perdido e tentando refletir sobre as palavras da chefe, ela pergunta algo que deveria não ter mencionado.
- Seres sobrenaturais? Que isso?
Nisso, Amaya abraça Kirsis e faz as ponderações dela.
- Seres sobrenaturais somos nós, que estamos tocando esses projetos grandiosos. Assim como o rapaz que estava vindo pra cá, fazer carinho no meu coração durante as noites frias, gélidas e solitárias aqui da Finlândia.
Amaya, finalmente, começa a beber o chá que ela esperava esfriar. Após deixar uma marca de batom na xícara e ajeitar os óculos, a linda jovem alfineta a chefe.
- Kirsis, o sobrenatural não existia. Acho que você tá bebendo café demais.
Fuzilando as duas com olhar, o café que Kirsis bebe evapora ao tocar na boca. A chefe das programadoras está queimando de raiva. Nesse momento, ela recorda de algo que ela esconde de todos.
“Armurai Magi, se você existir ainda, vai me pagar.”
Akemi e Amaya olham a quantidade de ódio da chefe. Ingenuamente e sem graça, Amaya, a programadora mais sem noção daquele departamento, faz o comentário que ninguém queria fazer.
- Kirsis, você tá precisando tirar umas férias logo. Daqui a pouco, você vai pirar com essa história de sobrenatural.
Imediatamente após aquelas palavras, um forte estrondo pode ser escutado por quilômetros de distância. Então, Kirsis sai do refeitório “cuspindo fogo”. No lugar onde ela estava, a mesa foi arremessada contra a parede, várias folhas com desenhos de projetos mecânicos estão pelo chão e as duas programadoras se esconderam atrás das máquinas de doces. Assustada, Akemi não entendi a situação e olha para a amiga.
- O que nós dissemos de errado?
Pelos corredores, Kirsis anda e resmunga.
- A pouco tempo atrás, não sabíamos sobre alienígenas ou robôs. Hoje, eles estão nesse planeta. Elas acham que o sobrenatural não existe porque não viram ou viveram as coisas terríveis que aconteceram comigo.
Então, com a intenção de se isolar de todos, Kirsi sobe uma escada. As paredes são grandes vidraças que mostram o exterior. Ao olhar para o alto e tocar no vidro, ela reflete e fala bem baixinho.
- Tem tanto ... Tanto tempo que fiquei aqui para impedir que o mundo fosse dizimado. Eu tenho dedicado anos da minha vida para a pesquisa. Eu sempre me pergunto se vocês dois ainda estão vivos. O que estão fazendo? Vocês eram brilhantes. Fico pensando sobre aqueles monstros ... Vocês conseguiram dar um fim neles e naquela maldita que arrancou minha perna? Arrancou porque estava entediada! Maldita Armurai Magi! Trove e Mankara ... Se vocês morreram, eu não perdoarei vocês.
Ao longe, ela vê a entrada de uma base subterrânea.
- O projeto Abetelador está quase pronto, mas eu sempre esbarro no processamento das redes neurais para uma inteligência artificial autônoma e controlável. Parece que os códigos que forneceram para gente não funcionam muito bem com os materiais daqui da Terra.
Kirsis cerra os punhos.
- Dufy! Se você estivesse aqui, diria que está tudo errado. Argumentaria que, antes de sair construindo, eu deveria estudar mais cada metamaterial. Ainda teria a audácia de dizer que não é desculpa o fato de estarmos numa corrida contra o tempo. Megera! Ainda bem que você não está aqui!
____________________________________________________________
Olá! Se você está curtindo essa história,
gostaria de ajudar o site com uma pequena doação?
Basta enviar qualquer valor - via pix - para lightnoveluniverso@gmail.com !
____________________________________________________________


Comentários