01/08 (Mankara Tori): Alguém Nas Sombras

CAP 08 | Alguém Nas Sombras

Após a sequência de tiros de metralhadora, Mankara e Caos Menor se jogam no chão do vagão. Entretanto, nenhum novo disparo é escutado após alguns segundos. Então, o mago sussurra.

- Estranho ... Não há sons de passos vindo para cá. Caos Menor, o atirador deve estar esperando alguma movimentação nossa. Você pode sair daqui com essa mulher? Deixa que eu dou conta do atirador.

Caos Menor está piscando os olhos rapidamente. Então, ela diz que tá tentando checar o rastro de energia de quem está os atacando, mas parece não haver mais ninguém ali. Por fim, ela completa e diz que tem um corpo caído no chão, com uma sacola cheia de armas, a uns 40 metros. Nisso, a maga conclui.

- Mankara ... Se for o que eu estou "sonando", o atirador está morto. O que é uma boa e má notícia. Se por um lado, não temos mais um inimigo focado na gente ... Isso significa que, seja lá quem for que matou ele, eu não consigo rastrear a energia dessa pessoa com o sonar telepático.

Mankara pega uma carta no bolso.

- Então as coisas podem ficar piores do que já estão. Alguém explode um avião, ocorrência de magia ancestral, um atirador em uma galeria subterrâneas e você não consegue captar a localização de quem matou o bandido. Vou forçar um pouco a barra e tirar a gente daqui. Caos Menor, se prepara!

Ao colocar o item no chão, o mago faz surgir um buraco embaixo do grupo. Os três caem e, instantaneamente, saem pelo teto de um quarto de hotel. A queda é amortecida pelo macio colchão de uma cama e o homem está mais aliviado. Após, o buraco no teto se fecha e Mankara lamenta ter usado uma das três cartas de fuga que ele tinha preparado.

Nas galerias subterrâneas de onde eles fugiram, um ser pequeno caminha. Ela usa uma máscara de boneca e o cabelo parece ser de porcelana, num corte Chanel dos anos 80. Além disso, a misteriosa criatura veste um terno social rosa, calça branca e tamancos negros. Devagar, ela anda até o corpo sem vida do atirador. Ao chegar perto, a pessoa pisa na cabeça do homem, a qual é esmigalhando em diversos pedaços que voam para todos os lados. Ao se afastar um pouco, ela conjura uma magia de fogo que incinera completamente os restos mortais do inimigo. Em seguida, uma magia de vento arrasta as cinzas para fora da galeria. Então, a máscara de boneca, que estava no chão, vira uma carta e voa até aquela figura feminina misteriosa. Ela pega o item e guarda-o no bolso. Então, a pequena criatura fala sozinha.

- Com o final das guerras astrais, Mankara ficou velho, despreparado e fora de forma. Em outras épocas, ele conseguiria ter feito com que os olhos desse infeliz expelissem cobras de fogo que envolveriam o corpo do inimigo. Além disso, há a situação da Caos Menor. Ela está muito longe do que já foi um dia.

A pequena pessoa pega uma carta e abre um buraco no chão, pelo qual desaparece.

No quarto do hotel, Mankara checa o noticiário para confirmar se o avião explodiu de fato. Após meia hora de busca por informações, uma surpresa. Um jornal, de última hora, relata que Londres está sendo preenchida por uma neblina densa, esbranquiçada e muito diferente da habitual. Caos Menor, atrás de Mankara, comenta sobre aquilo.

- Acho que, naquele avião, não era a magia que você pensou Mankara. Se for, tem alguém querendo mudar toda a cidade de Londres de lugar.

Com um olhar sério, o mago responde.

- Caos ... Pior que deve ser isso. Alguém quer tirar a capital da Inglaterra de lugar. Eu não errei. Alguém está querendo fazer uma cidade inteira fugir. Só que ... Fugir de que? Além disso, tem outra questão. Quem é tão poderoso para fazer uma magia desse porte no mundo dos vivos?

Muito distante do hotel ... Dentro do imenso castelo onde os carros de luxo estavam chegando para uma festa, em um salão magnificamente decorado, um pianista está sentado de frente para um piano cravejado de diamantes. A posição dele, naquele lugar, parece dizer que o artista será o centro de uma apresentação única e sem igual. As roupas dele são brancas com detalhes em ouro e o homem usa uma peruca renascentista feita com fios dourados. Ao lado dele, em um pequeno banco, está uma máscara de coelho. Enquanto o homem revisa as partituras, os convidados olham, admirados, para a beleza daquele ser. De repente, o Pianista Da Sexta Valsa Selvagem tem uma estranha sensação. Então, ele faz um sinal com a mão para uma empregada. A mulher, rapidamente, segue em direção ao chamado. Quando ela se inclina para escutar as instruções, o pianista sussurra algo baixo.

- Peça para a Coiote verificar o que está acontecendo na região da costa leste. Diga para ela ser discreta e rápida. Só um reconhecimento. Não queremos que o mestre fique preocupado por nada.

Sem dizer qualquer palavra, a mulher sai em direção a uma porta no final do salão para executar, prontamente, o pedido daquele homem. Então, aquele artista misterioso reflete.

“Uma das minhas cordas está vibrando de forma estranha. Como se o inverno tivesse chegado e a neve estivesse cobrindo a região. É uma pena a internet não funcionar aqui. Espero que não seja nada demais.”

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