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01/01 (Lua Volie): Cidade De Sangue

Atualizado: 25 de jun.

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CAP 01 | Cidade De Sangue



As torres de aço de Gârdhera se erguem majestosas contra o céu noturno e suas superfícies refletem as luzes frenéticas dos anúncios de néon. As ruas pulsam com a energia elétrica da cidade, onde o avanço tecnológico se mistura com uma beleza caótica. As pessoas se exibem como vitrines humanas e tudo tem uma marca. A sociedade é altamente comercial e quase tudo gira em torno do dinheiro. No meio dessa metrópole cintilante que nunca dorme, duas figuras ruivas se destacam numa calçada. Eles caminham em meio a multidão e são os únicos a usarem roupas mais casuais. Dimi, um rapaz de 23 anos, usa uma camisa xadrez de mangas longas por cima de uma camiseta branca sem estampa e uma calça jeans. A irmã dele, Lua Volie, só difere na vestimenta pela jaqueta vermelha de pano leve que sempre usa. Então, ela reflete sobre algumas coisas.


- Qualquer dia ... Ainda vamos ser presos por andarmos tão pobrezinhos assim, aqui, nas ruas de Gârdhera.


- Maninha ... Já pensou nisso ... Que piada de péssimo gosto isso não seria ... Pra nossa sorte, acho que as pessoas nunca vão chegar tão longe.


Então, Dimi e Lua chegam a uma cafeteria local que é a preferida dos gêmeos. As cadeiras são de couro desgastado e as mesas, iluminadas por lâmpadas de luz suave, criam um ambiente acolhedor. Logo ao se sentarem, Dimi atende uma ligação e precisa checar algumas anotações em seu celular. Ao ver o irmão concentrado, Lua decide ir até o balcão para fazer o pedido dos três, pois a outra irmã deles deve chegar a qualquer momento. Ao ver a jovem, o atendente, um rapaz de traços hispânico e terno vermelho, sorri.


- O de sempre Lu?


- Marco! Se algum dia eu pedir diferente, chama a polícia, pois tem algo errado! O café forte de sempre, meu amigo!


- Pra já, minha boa e nobre policial combatente do crime!


- Pode mandar aquele bem reforçado, porque essa noite promete.


Ela responde, lançando um olhar para o céu escuro além das janelas. Durante esse momento de distração da policial, então, com uma entrada cheia de presença, Minu Volie surge das sombras. Ela, geralmente, move-se como uma gata na escuridão da noite e os passos da jovem são tão silenciosos como o vazio do vasto universo. Dimi e Lua olham para a irmã e sorrisos de boas-vindas se formam nos lábios deles. Finalmente, a terceira tri gêmea chega ao café! Dando um tapinha no ombro de Minu, Lua não perde tempo.


- Você ainda tem esse jeito de aparecer do nada! Não é?


- Ora, meus fofinhos! Alguém precisa manter vocês em alerta!

 

Minu responde enquanto dá uma piscadinha com um dos olhos. A maioria dos amigos dos irmãos dizem que Minu é a versão melhorada de Lua. A jovem sempre anda maquiada e possui cabelos longos muito bem hidratados. Além disso, quando não está com os irmãos, Minu usa roupas extremamente caras.


- Agora que você chegou Minu ... As duas mocinhas aí, por favor, venham se sentar logo à mesa! Eu tô morrendo de saudades de vocês, minhas irmãs! Quero botar o papo em dia!


Então, após quase três meses sem se verem, os irmãos Volie estão finalmente reunidos. As conversas fluem naturalmente naquele ambiente simples e modesto. Dimi compartilha detalhes fascinantes de suas descobertas genéticas recentes sobre um caso de mais de 20 anos. Ele detalha como está prestes a resolver um enigma que confundiu os cientistas por tanto tempo. Enquanto Lua ri, ao contar, das histórias hilárias que acontecem durante suas investigações como policial, Minu revelava muito pouco sobre os dias de trabalho dela como secretária do cônsul na embaixada de Sápotas. Sem perder tempo, a agente da lei alfineta a irmã.


- Minu, você sempre tão misteriosa ...


Lua continua brincando com a irmã, para vê se a jovem fala mais alguma coisa sobre a profissão dela. Entretanto, Minu apenas sorri todas as vezes. Finalmente, com um brilho travesso em seus olhos, a secretária faz menção de que irá falar algo muito importante.


- Meus fofinhos .... Alguém precisa manter vocês em suspense.


À medida que as conversas fluem, fica evidente como as diferenças entre os irmãos os unem. As brincadeiras de Dimi equilibram as profundezas psicológicas de Lua, enquanto a presença silenciosa de Minu garante um ar de normalidade e vida pacata. Toda essa mistura assegura que eles não percam suas identidades nas complexidades da cidade.


- Minu, qualquer dia eu ainda dou uma geral lá no consulado! Aí de vocês se estiverem aprontando ...


Antes que Lua pudesse terminar de falar, Dimi completa.


- Lua certamente vai descer o braço em todo mundo, exceto em você Minu, lógico!


Em meios às horas, as risadas dos irmãos ecoam pelo pequeno café e enchem o espaço com uma sensação de aconchego. O trio parece uma orquestra bem afinada, cada um contribuindo com sua própria melodia única para a conversa. Eles se desafiam e se completam, criando uma dança de palavras e risadas que é uma verdadeira expressão de união.



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