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01/02 (Lefa Ganfi): Alojamento Provisório

Atualizado: 13 de jun.

Light Novel Lefa Ganfi


CAP 02 | Alojamento Provisório



Antes que Ted pudesse explicar que só estava brincando e que os carros voadores dali são fixados por pulsos eletromagnéticos, o jovem ganha uma “pranchetada” na nuca, desferida por uma robô enfermeira.


- Esse aqui não vale um centavo. Até é brilhante ... Entretanto, não vai na conversa desse aqui não, pois ele não pode ver uma mulher.


Tirando a mochila do ombro e segurando-a com uma mão só, como quem quisesse bater em Ted com aquilo, Lefa confirma que tinha percebido. Com olhar de poucos amigos para Ted, ela comenta sobre o rapaz.


- Esse aí nem disfarça ...


- Só que ... Deixa o Ted de lado e vamos ao que interessa. Você é a Lefa? Eu estou rodando isso tudo atrás de você. Sorte que viram uma perdida andando por essa área e me alertaram.


A robô veste um tipo de roupa amarela, que mais lembra uma armadura metálica. Apesar do rosto humanizado, os parafusos e as junções entre placas não deixam dúvidas sobre a natureza sintética dela. Passando por Ted, enquanto empurra o jovem para trás, ela avança até Lefa.


- Vê se volta ao trabalho Ted! Se o Dr. DJ te pega por aqui, ele tira o seu couro ... De dentro pra fora ...


- Calma! Telma! Tô indo ... Tô indo ... Depois deixa meu contato cam a recruta.


Lefa responde na hora.


- Isso ... Deixa sim ... Pode deixar pra eu acertar as contas com ele depois!


A robô Telma, por sua vez, nem dá atenção a briguinha dos dois e faz um escaneamento na íris da recruta para confirmar a identidade da jovem.


- É você mesmo! Vamos logo! Todas as outras meninas já estão acomodadas. Quem diria que você, adicionada ao cronograma de última hora, seria a primeira a conhecer essa parte da base!


Então, após os três saírem do hangar e Ted fechar a entrada, a robô enfermeira segue com Lefa até o alojamento onde a jovem irá ficar provisoriamente, pois eles precisam que uma das casas, ocupadas pelas veteranas, fique vaga.


- Menina, ninguém esperava que você fosse chegar tão rápido. A casa que você vai morar, lá na vila dos novatos, ainda tá com gente.


Lefa, encantada com a organização do alojamento provisório, olha o local sem acreditar. Ele parece um quarto de hotel 4 estrelas e é amplo. Apesar das paredes de titânio, todo o ambiente é muito bem subdivido, decorado e não lembra um contêiner de guerra. Há um bom espaço para cama, banheiro e cozinha. Os móveis são futuristas e tem uma tela que simula uma janela.


"Mas ... Mas .... É ... Então ... Eu falei que não precisava disso. Pra mim, os recrutas tinham só um quarto, compartilhado, e olhe lá."


Ao entrarem no alojamento, a robô inicializa drives que ligam computadores e aparelhos eletrônicos holográficos no local.


- Pronto! Os eletrônicos são hologramas, mas basta encostar nos botões que eles ligam e funcionam. Se você quiser fazer diferente, pode, simplesmente, falar para eles o que você quer. A gosto do freguês! Talvez, as teclas dos computadores, você estranhe ... um pouquinho.


Lefa olha espantada. Rádio, televisão, notebook, telefone, câmeras e muito mais, todos aqueles aparelhos não existiam de verdade e são simples hologramas.

 

- Agora entendi ... Isso é uma baita redução de custo de material. Eles funcionam como uma interface entre o usuário e sistema de inteligência do contêiner. Na casa dos recrutas é assim também?

 

A robô enfermeira, colocando a mochila de Lefa sobre a cama, começa a rir.


- Não mesmo, mocinha! Os engenheiros do planeta Nêmeses, que construíram aquela vila, acreditam que os recrutas devem ser capazes de cuidar, muito bem, de qualquer tipo de equipamento ... Até os mais simples. Você vai achar um monte de tecnologia e todo tipo de máquina que você possa imaginar por lá!


Então, Lefa olha para um pequeno espelho. Ao ver o reflexo dela no tempo atual, a agente lembra que precisa parar de focar no passado. De volta ao tempo presente, ela sorri e pensa que já sabe como fará para sair da instalação de mineração com a filha do cônsul. A menina, ao ver o sorriso de Lefa, pergunta se as coisas irão melhorar. A jovem Kira já estava sem esperanças.


- Lefa ... Você pensou num plano? Vamos lutar contra aquilo?


Lefa sorri mais uma vez.


- Um plano simples, Kira!


Refletindo com ela mesma, a agente pensa em como o passado ajudou o presente.


“Ah ... Seus nemesianos danadinhos! Muito obrigada!”



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