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01/01 (Lefa Ganfi): Perdida E Enganada

Atualizado: 25 de jun.

Light Novel Lefa Ganfi


CAP 01 | Perdida E Enganada



Muitos metros abaixo do solo, numa empresa de mineração, uma jovem agente está dentro de uma sala que mescla paredes de rocha fundida com blindagens de aço. Imensas e grossas vigas de ferro sustenta o local, relativamente pequeno, que mais parece uma sala de almoxarifado misturado a um pequeno depósito de garagem. Prateleiras estão repletas de caixas com códigos estranhos, sobre uma mesa há um equipamento que lembra um aspirador de pó e diversas máquinas, do tamanho de um cachorro de porte grande, estão espalhadas pelo local. Lefa é uma jovem de 25 anos. Ela possui a pele negra e olhos castanhos, além de um lindo cabelo ondulado e cortado na altura do ombro. Lefa tem 1,80 metros de altura, é magra e muito ágil. Por ser uma agente de infiltração, ela geralmente veste um terno cinza e usa salto alto.


“Preciso pensar em algo para tirar a filha do cônsul desse lugar. Aquela máquina de perseguição não irá parar até matá-la. Não só a ela, como a mim no processo também.”


Refletindo e buscando alguma ideia no passado, ela recorda de quando começou como uma agente. Como se pudesse voltar anos atrás, Lefa parece se transportar para o momento que conheceu, pela primeira vez, a cidade científica na Finlândia. Apesar do frio intenso que congelava até os ossos, pois o local era construído no alto de uma montanha coberta pela neve, Lefa estava aquecida pela possibilidade de ingressar num mundo sem igual. Ela recorda da admiração que sentiu ao entrar, sem querer, num hangar com algumas naves de pequeno porte.


Voltando ao passado ...


A jovem Lefa, com apenas 17 anos, está perdida pelos corredores da Base 1. Muito tímida, ela passa pelas pessoas sem conseguir abrir a boca para pedir uma informação. Vestindo um terninho bege e carregando uma mochila nas costas, ela anda como se conhecesse aquele caminho, mas não tem ideia de qual direção está seguindo. A jovem nutre esperança de encontrar algum tipo de recepção onde possa pedir informações.


“Que droga ... Eu não deveria ter virado a noite no avião revisando a matéria. Quando peguei o ônibus, após desembarcar do voo, apaguei de cansaço. Eu fico até com pena do motorista. Ele jurou que não me viu deitada no banco do fundo, senão teria me acordado antes de levar o veículo para garagem. As outras garotas bem que podiam ter me acordado.”


Entrando em um corredor amplo, com longas paredes blindadas de cor lilás, Lefa observa diversos cabos de fios pelo chão e funcionários trabalhando na soldagem de peças espalhadas pelo caminho.


- Então ... Eu acho que tô ficando cada vez mais longe de qualquer tipo de recepção.


Olhando para um corredor menor a direita, ela rapidamente se decide.


- Esse aqui tá com mais cara que vai me levar até um lugar bom! Paredes com uma arquitetura mais de hospital, sem coisas soltas pelo caminho e tem até uns banquinhos mais ao longe. Vou nesse.


Enquanto Lefa segue pelo caminho escolhido, um jovem cientista, que acompanha o trabalho de dois funcionários, olha com curiosidade para a moça. Ele se questiona, por qual motivo, uma das novas recrutas estava indo para o hangar de prototipagem. Se afastando do pessoal, ele comenta em voz baixa.


- Não me lembra de ter um visitação logo no primeira dia. Quem é ela?


Ted tem 21 anos e é bem conhecido por todos pelo sotaque que solta de vez em quando. Apesar de falar bem o idioma local, quando está distraído ou nervoso, ele troca as palavras e isso virou marca registrada dele. Sempre de bom humor, o jovem superdotado, de origem cubana, é um aspirante ao cargo de Programador Júnior nos laboratórios de Evolução Neural Sintética.


- Bem, bem ... Vamos devagar conferir o que está acontecenda.


Distante de Ted, Lefa chega nos banquinhos que tinha visto e se surpreende ao notar que não eram cubos no chão para as pessoas se sentarem, mas caixas de computadores altamente sofisticadas. Alguns passos além, ela se depara com uma porta aberta e enxerga um imenso hangar.


- A ... A ... Aquilo são naves alienígenas?


Ela observa cinco modelos de veículos que parecem lanças que flutuam sobre o ar. A aerodinâmica de todos é ondular e não há pontas ou quinas no revestimento daquelas obras de arte. A pintura parece nova e todas tem um brilho de Ferrari saída da loja. As cores misturam tonalidades de azul e amarelo. Lefa está encantada. A jovem se aproxima e passa a mão sobre o que seria a turbina de um dos transportes. Então, uma voz surge ao fundo.


- Essas veículos são muito sensíveis. Se você empurrar com muito força, eles podem desiquilibrar e bater uns nos outras.


Lefa leva um susto e se afasta rapidamente. Corada, ela começa a pedir mil desculpas.


- O senhor é o responsável por aqui. Desculpa novamente! Eu estou procurando a recepção.


Entretanto, sem responder a indagação da jovem, Ted se aproxima do veículo e começa a dar uma aula de propulsão de motores e combustíveis. Lefa observa atenta, imaginando que irá levar uma bronca a qualquer momento, quando, de repente, o cientista começa a dar fortes tapas na turbina do modelo. Apesar daquelas batidas, o veículo não se mexe um centímetro do lugar. Os olhos da recruta, imediatamente, mudam de expressão e ficam cada vez mais apertados ... Fechados ... Como se Lefa estivesse fuzilando Ted com os olhos.


- Você não é o responsável por esses veículos? Não é?



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