01/09 (Mônica Grivor): Comprando Ingredientes
- webquadrinhosdefu
- 2 de jul. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 13 de jun.

CAP 09 | Comprando Ingredientes
Após muita correria e faltando cinco minutos para que a loja feche as portas, Mônica consegue chegar no local. Respirando com dificuldades, ela se segura no que julga ser um manequim.
- Manequim ... do meu co ... coração ... Obri ... Obrigado por você estar aqui ... Muito obrigado mesmo. Eu estava quase caindo sem ar ... Ufa!
Então, o "manequim" coloca a mão no ombro da jovem e diz que eles estão ali para servir e ajudar. Nesse momento, Mônica dá um pulo para trás. Com a mão na boca e morrendo de vergonha, ela pede mil desculpas, pois não tinha visto que era um vendedor. Na percepção dela, a vampira achou que era um manequim realmente. Se recompondo, ela pergunta aquilo que mais queria saber no momento.
- Olha! Mil desculpas novamente, mas você sabe dizer se a loja ainda fica funcionando por mais uma hora, após ela fechar as portas, para os clientes que já estão aqui dentro?
Então, o rapaz comenta sorridente.
- Desculpe jovem, mas não sou um vendedor. Eu sou o gerente da loja e só estava ajudando na obra de expansão do piso térreo daqui.
Após tirar o capacete, ele revela que possui cabelo amarelo.
- Ah! Lógico! Apesar disso, respondendo a sua pergunta, essa loja fica funcionando por uma hora após fechar para o público externo. Pode fazer suas compras com calma.
Nesse momento, após perceber quem o rapaz é de fato, Mônica está mais vermelha que um camarão por tanta vergonha.
- O ... o ... Aí gente! Como é que se diz mesmo! Espera! Obrigada! A ... A sessão de botas de couro é pra lá? Não é?
Ela fala cada vez mais envergonhada, mas o rapaz acha aquilo tudo muito engraçado. Sorrindo, ele confirma que é para o outro lado, o que deixa Mônica mais sem graça ainda. A vampira só consegue agradecer de cabeça baixa. Saindo de fininho e esbarrando em alguns manequins pelo caminho, Mônica vai agradecendo cada vez mais baixinho e corando mais ainda enquanto o rapaz segura o riso. Estando finalmente distante, ela pensa sobre a situação.
"Nossa ... Como foi fácil pegar o cartão de identificação dele. Gente ... São mil anos vivendo nessa cidade ... Eu não conheceria o gerente dessa loja? Nesse lugar, só é demitido quem for um péssimo profissional. A estabilidade no emprego pode durar a eternidade."
Então, fazendo uma cara de sonsa e com um risinho de canto de boca, ela olha as botas de couro e procura por um modelo específico.
- Achei! Resistente a água e fogo!
Sentindo as pernas fraquejarem, Mônica segura o par de calçados.
- Poxa! Por esse preço, as botas poderiam ser a prova de balas também.
Sacudindo a cabeça, ela reflete rapidamente.
“Vai Mônica! Bora mulher! Será muito melhor dar uma grana nisso aqui do que ir numa floresta, em outro país, só para caçar um urso albino blindado. Além disso, eu teria de arrancar o couro do bicho. Eu não tenho preparo para um feito desse porte ainda. De verdade, não! Então, é melhor eu morrer nessa grana mesmo.”
Na boca do caixa, chorando por dentro, Mônica passa o cartão. Apesar de tentar disfarçar, o rosto da vampira denuncia que, no fundo, ela queria devolver o produto. Sem entender muito bem, a caixa percebe uma cliente metade feliz e metade arrependida pela compra. Para aliviar a situação, a balconista tenta comentar algo.
- Esses produtos de luxo são outro nível. A gente trabalha e quase tem de vender um rim para comprar um desses, mas no final vale a pena. Não há preço que seja alto diante da satisfação que se tem ao sair e ser admirada. Você planeja viajar para fora da cidade?
Mônica engole em seco. Guardando o cartão de crédito na bolsa, ela responde toda sem graça.
- É ... Vou ser obrigada a tirar férias no final do ano e estou querendo me dar um presente merecido. Estou pensando em torrar minhas economias numa mega viagem.
Ela diz isso, mas por dentro a vampira pensa diferente.
“Torrar meu suado dinheirinho .... Nãooooooo.”
- Ah! Deve ser ótimo poder percorrer o mundo. Tenho certeza que você irá atrair muitos olhares! Aqui! Sua compra! Muito sucesso e boa viagem!
Para não ser vencida pela vontade de economizar e devolver as botas ali mesmo, Mônica agradece e, simplesmente, sai correndo! Apesar disso, a caixa olha admirada.
“Nossa! Ela tem coragem e garra! Eu nunca vi uma vampira com cabelo de prata comprando algo tão caro assim! Algum dia, eu gostaria de fazer como ela!”
Muito longe da loja, Mônica reflete.
“Que viagem nada ... Eu nunca compraria algo assim só para desfilar e me exibir. Essa belezinha, aqui na sacola, custou os “olhos da cara”, mas será muito útil para os meus planos.”
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Eu quando tiver um cartão de crédito 🥲