01/01 (Hazel Toji): Iscas Para Ursos
- webquadrinhosdefu
- 25 de fev.
- 4 min de leitura
Atualizado: 25 de jun.

CAP 01 | Iscas Para Ursos
Sob o crepúsculo alaranjado, um festival ganha vida em uma sinfonia de cores e sons. Tendas exuberantes abrigam uma miríade de tesouros, desde tecidos bordados a poções borbulhantes. No coração da agitação, Lina desliza entre as multidões com a graça de uma sereia dançando sob a água. As escamas, da linda mulher de cabelo lilás, brilham à luz das lanternas cintilantes. Diante da barraca de Filipi, um homem alto e com uma barba que impõem seriedade, as iscas para ursos estão meticulosamente organizadas como obras de arte. Ao chegar em frente ao balcão, Lina, parece mais interessada em explorar as cores do que a própria finalidade para as quais os itens são destinados. Então, o comerciante observa, com uma mistura de surpresa e indignação, a ação da mulher.
- Essas iscas não são para serem admiradas como joias. Elas são ferramentas de sobrevivência.
Exibindo um leve sorriso nos lábios, Lina virou-se para ele.
- Eu achava que o comércio de iscas para ursos era uma arte esquecida.
- Com um olhar crítico, Filipi cruza os braços e avalia Lina.
- Você é uma aventureira ... Não é? Não me diga que você nunca viu uma isca para ursos antes. Devo presumir que você é originária de uma das terras dominadas pelo Rei Palhaço.
Lina ri e a risada cristalina da aventureira parece refletir a luz das lanternas.
- Não estou do lado do Rei Palhaço ou do Rei Grifo. A verdade é que a vida marinha, raramente, requer esse tipo de isca, tão requintada. Entretanto, não quero julgar suas escolhas de comércio.
Filipi bufa, mas um algo de curiosidade incomoda a mente do homem.
- Então, o que trouxe uma aventureira como você até uma feira como essa?
Lina inclina a cabeça na direção de um arpão encostado na parede lateral. Enquanto examinava o objeto, ele "revela" o motivo de andar por ali.
- A busca por respostas e a emoção de desafios. Quanto a você? Meu vendedor de iscas para ursos ... O que o trouxe aqui?
Supondo que não irá fazer nenhuma venda, Filipi cogita espantar a mulher. Entretanto, como está a algumas horas sem fazer nada, ele decidiu continuar o assunto.
- Estou aqui por causa de uma promessa de liberdade. Não que você possa entender o que isso quer dizer.
- Uhhh .... Um mistério ... Não que seja da minha intenção invadir seus segredos. Talvez, graças a ação do acaso, nossos caminhos tenham se cruzado por um motivo.
Filipi suspira ... Ele, olhando para o alto, pensa que seria melhor continuar sentado e ficar vendo as pessoas passarem diante da barraca.
- Você gosta de falar coisas sem sentidos? Se nossa conversa for obra do acaso, ela não foi guiada por um motivo.
Lina dá de ombros e lança um olhar malicioso para as iscas.
- Às vezes, os caminhos mais inusitados nos levam a aventuras que nunca poderíamos ter imaginado.
Filipi, após escutar as palavras da mulher, exibe um olhar concentrado.
“Já entendi ... Ela está tentando montar um grupo, mas tem zero experiência nisso. Por ver minhas iscas, todas preparadas com um método antigo, essa jovem inferiu que eu já fui um aventureiro ... Pelo menos, posso dizer que ela é atenta aos pequenos detalhes.”
Enquanto o Sol mergulha abaixo do horizonte, os dois continuam a conversa. Naquele momento, apesar da relutância de Filipi, uma faísca de conexão nasce entre eles. Entretanto, sem que os dois percebam, uma figura sombria observa a cena à partir de um canto distante.
“Uma barraca de iscas para ursos e uma nativa do povo das águas ...”
Hazel, coberta por uma capa marrom que a camuflava nas sombras, observa com olhos curiosos e brilhantes. Ela nunca tinha visto uma mulher peixe antes. A forma como as escamas da mulher reflete a luz das lanternas lembra uma constelação imersa num lindo céu noturno. Enquanto Lina e Filipi conversam, a mente de Hazel entra em turbulência. Ela se sente atraída por aqueles estranhos, mas a incerteza a mantém hesitante. É como se algo mais profundo estivesse tentando se comunicar com ela ... Uma voz sussurrando, dentro da mente da garota esquilo, para que ela vá até a barraca.
“Eu ... Eu me sinto perdida ... Como se eu não pertencesse a lugar algum ...”
Enquanto luta com seus pensamentos tumultuados, um vento suave passa, levemente, pelas tendas. Ele carrega um aroma repleto de cheiros especiais e aventuras, mas uma fragrância de Jasmin se destaca. É como se o próprio vento a encorajasse. Finalmente, Hazel toma uma decisão.
“Preciso ir até lá!”
Ela deixa a segurança das sombras e se aproxima da barraca de iscas para ursos. O coração bate rápido e as pernas estão um pouco trêmulas. Ela observa Lina e Filipi conversando, ainda hesitando em se juntar a eles. O futuro está prestes a ser moldado por uma única decisão e Hazel sente uma mistura de medo e empolgação. Decidindo não pensar muito, ela age. Então, finalmente, Hazel está diante da barraca.
- Quanto elas custam?
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